Muitas espécies únicas no mundo tiveram um destino trágico e desapareceram completamente ao longo dos tempos, incluindo os dinossauros (no final do período Cretáceo), o dodô (no século 17), o tigre da Tasmânia (em 1936) e o rinoceronte negro da África Ocidental (em 2011).
Os casos relativamente recentes de extinção acontecem, quase que exclusivamente, devido à atividade humana. As causas são variadas e incluem poluição, desmatamento, doenças, caça e outros fatores.
Apesar do triste fato de que muitas espécies se foram para sempre, nem tudo está perdido. Organizações sem fins lucrativos estão trabalhando para redescobrir animais, plantas e fungos perdidos – que possam estar escondidos em pequenas quantidades – para tentar reproduzi-los e reabilitar as espécies.
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Abelha gigante Wallace
Em 2019, a abelha gigante de Wallace, também conhecida como a maior espécie de abelha do mundo, foi vista pela primeira vez depois de quase 40 anos. A descoberta foi feita por cientistas americanos e australianos que procuravam o inseto no arquipélago das Molucas do Norte, no nordeste da Indonésia.
As abelhas gigantes Wallace fêmeas podem crescer até 4,5 cm de comprimento e ter uma envergadura de até 6 cm, enquanto os machos são muito menores. O animal foi documentado cientificamente pela primeira vez em 1858 na ilha de Bacan pelo naturalista britânico Alfred Russel Wallace.
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Salamandra Jackson
A salamandra Jackson foi redescoberta em 2017 após 42 anos desaparecida. Um guarda da reserva Yal Unin Yul Witz, na Guatemala, avistou a salamandra durante o horário de almoço. O parque também abriga a salamandra finca chiblac e a salamandra de membros longos, ambas redescobertas em 2014.
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Cervo-rato do Vietnã
Aproximadamente do tamanho de um coelho, o animal foi redescoberto em 2019, após 28 anos perdido nas montanhas do leste da Indochina, que atravessa o Laos, o Vietnã e uma pequena parte do Cambodja.
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Galegeeska revoilii
Este pequeno mamífero foi redescoberto no Djibuti em 2020, após 51 anos perdido. A espécie foi documentada pela última vez em 1968, na Somália.
Uma equipe de cientistas montou 1.259 armadilhas em 12 locais para tentar observar o indescritível mamífero. A operação foi o sucesso e conseguiram capturar as primeiras imagens e vídeos do animal vivo. Apesar das semelhanças entre esses animais e os musaranhos, eles estão mais próximos dos elefantes.
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Tartaruga-gigante-de-Fernandina
Estima-se que essa fêmea tenha 100 anos de idade. Considerando que tartarugas gigantes vivem até 200 anos, há esperança de que ela possa ajudar no ressurgimento da espécie.
Uma correspondência genética foi encontrada entre uma espécie de tartaruga descoberta em 1906, avistada apenas uma vez, e uma tartaruga encontrada em 2019. Foram 113 anos sem nenhuma evidência da existência do animal. Cientistas agora buscam um macho para tentar reproduzir a espécie.
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Caranguejo de Serra Leoa
Este pequeno e colorido caranguejo não era avistado desde 1955. No início de 2021, uma busca extensa realizada por especialistas conseguiu encontrar seis exemplares do animal, também conhecido como Afrithelphusa Leonensis. Durante a expedição, os cientistas acharam também o caranguejo-de-Afzelius, que não tinha registo de avistamento há 225 anos, e duas novas espécies de crustáceo de água doce.
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Camaleão de voeltzkow
O camaleão de voeltzkow foi redescoberto em 2018, quando Frank Glaw, chefe do Departamento de Vertebrados do Zoologische Staatssammlung München, liderou uma expedição em Madagascar. A busca conseguiu identificar três machos e 15 fêmeas, que apresentavam padrões particulares de roxo, laranja, vermelho, verde, preto e branco.
Madagascar é o lar de quase metade das espécies de camaleões do mundo, das quais 96 não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.
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Cão-cantor-da-nova-guiné
O animal foi considerado extinto por mais de 50 anos. Contudo, cientistas encontraram, em 2017, pelo menos 15 indivíduos da espécie vivendo nas Montanhas Sudirman, na Indonésia. A espécie rara é considerada um dos caninos mais primitivos que existem.
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Celacanto
A comunidade científica considerava que este peixe, que estima-se ser mais velho que os dinossauros, havia sido extinto há 65 milhões de anos. Contudo, ele foi encontrado novamente em 1938. Infelizmente, a espécie está ameaçada de extinção devido à exploração de petróleo.
Fonte: Revista Casa e Jardim.