Desastres naturais causaram US$ 135 bilhões (cerca de R$ 742,5 bilhões) em perdas econômicas no mundo durante o primeiro semestre do ano, um aumento em relação ao mesmo período de 2024, informou a resseguradora Swiss Re nesta quarta-feira.
Tempestades severas nos Estados Unidos e os incêndios florestais em Los Angeles resultaram em US$ 80 bilhões (cerca de R$ 440 bilhões, na cotação atual) em perdas seguradas nos primeiros seis meses de 2025, em comparação com US$ 123 bilhões (R$ 341 bilhões, na cotação atual) no primeiro semestre de 2024.
A Swiss Re — que atua como resseguradora, ou seja, seguradora de seguradoras — classificou as perdas como de uma “severidade excepcional”, já que os incêndios atingiram uma área densamente povoada dos EUA, com grande concentração de ativos de alto valor e amplamente segurados.
A empresa ressaltou que os custos gerados por incêndios têm crescido significativamente nos últimos 10 anos, impulsionados pelo aumento das temperaturas, secas mais frequentes e mudanças nos padrões de chuva.
O primeiro semestre também foi marcado por tempestades severas nos EUA, com US$ 31 bilhões (R$ 170,5 bilhões) em danos cobertos por seguros.
Esse valor, no entanto, é menor do que os registrados em 2023 e 2024, ficando também abaixo da média de longo prazo, que gira em torno de US$ 35 bilhões (R$ 192,5 bilhões), segundo a Swiss Re.
Apesar disso, essas tempestades — geralmente acompanhadas de granizo e tornados — continuam sendo uma fonte crescente de perdas para as seguradoras.
Entre os desastres de grande impacto do semestre, a Swiss Re também destacou o terremoto de março em Mianmar, que afetou Tailândia, Índia e China.
O segundo semestre costuma ser mais oneroso para o setor segurador, especialmente por conta dos danos relacionados à temporada de furacões no Atlântico Norte.
Contudo, se os gastos seguirem o ritmo do primeiro semestre, os prejuízos cobertos por seguros podem ultrapassar as projeções da Swiss Re, fixadas em US$ 150 bilhões (R$ 825 bilhões) para o ano de 2025.
Fonte: g1.
Foto: Josh Edelson / AFP
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