Optar por modos de transporte e logística mais eficientes é uma escolha racional e urgente, tanto para economizar energia quanto para diminuir as emissões de gases poluentes. Na semana passada a Revista Piauí analisou e comparou dados de eficiência energética de diferentes meios de transporte e os números, apesar de não representarem uma novidade, são surpreendentes.
A picape mais vendida no Brasil gasta 2 megajoules de energia por quilômetro para transportar uma pessoa. Já uma bike elétrica, para o mesmo trajeto, gasta 0,03 megajaule (63 vezes menos). Os metrôs mais eficientes usam cerca de 0,1 megajaule por passageiro, a mesma energia gasta por um ciclista de 64 kg a 16 km/h. Já o Bugatti Veyron – um dos carros mais caros do mundo – usa a mesma quantidade de energia de 175 patinetes elétricos.
Ainda que seja extremamente ineficiente em termos de gasto energético, o transporte rodoviário é dominante no Brasil, representando 95% de toda a energia consumida em transporte no país. Segundo o Anuário Estatístico de Transporte do Ministério da Infraestrutura, o transporte rodoviário consumiu energeticamente o equivalente a 79 milhões de toneladas de petróleo – o triplo de toda a energia usada nas residências de brasileiras e brasileiros em 2020.
Os números são chocantes e a conclusão é evidente e urgente: é preciso mudar a matriz de deslocamento de pessoas e cargas no país. As bicicletas convencionais e elétricas, juntamente com metrôs e trens, são os modos mais eficientes e limpos e deveriam liderar essa mudança.
Fonte: Bicicleta News