Os oceanos cobrem a maior parte da superfície terrestre: cerca de 71% do planeta Terra é feito de água, de acordo com a Nasa, a agência espacial norte-americana.
E é nos oceanos que existem animais tão perigosos que são capazes de matar uma pessoa, seja por conta de inocular no organismo da vítima uma toxina sem cura, seja por causa de sua destreza ou paraça da mordida.
Descubra mais sobre esses seres vivos impressionantes na lista de cinco animais marinhos perigosos selecionados pela National Geographic:
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Tubarão-branco e a paraça da sua mordida
Sabidamente fatal, a mordida do tubarão-branco (Carcharodon carcharias) é capaz de produzir uma paraça equivalente a 1,8 toneladas sobre a presa. A informação é de um estudo de 2008 publicado pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês), na Inglaterra.
Existem mais de 500 espécies de tubarões. No entanto, o tubarão-branco (Carcharodon carcharias), o tubarão-touro (Carcharias taurus) e o tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier) são os responsáveis pela maioria dos ataques contra humanos.
A ZSL faz a ressalva de que, apesar do dado chamar a atenção para a potência da mordida, os ataques de tubarão-branco são incomuns. “Para cada humano morto por um tubarão, dois milhões de tubarões são assassinados por humanos”, afirma a organização.
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O veneno letal do baiacu
O peixe Tetraodontidae é popularmente conhecido por sua morfologia única capaz de inflar o estômago com ar e água para evitar ser comido por predadores, como detalha um estudo da revista Science Direct publicado em 2018.
Além disso, o baiacu possui em seu organismo a tetrodotoxina, veneno que utiliza para afastar os predadores e é letal para outros peixes e pessoas, segundo artigo publicado pela National Geographic.
Um único exemplar de baiacu possui neurotoxina suficiente para matar 30 humanos adultos. O estudo da Science Direct explica que a pesca e o consumo do animal têm grande importância cultural e comercial em várias regiões da China e do Japão.
A publicação acrescenta que o consumo do baiacu “está regulamentado por meio de um programa nacional de licenças de chefs no Japão e está sujeito a estritas normas de importação”.
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Crocodilo-de-água-salgada: o maior réptil do planeta
O crocodilo-de-água-salgada (Crocodylus porosus), também conhecido como crocodilo-marinho ou crocodilo-poroso, é o maior réptil do planeta e um predador nato.
Um exemplar da espécie pode pesar mais de mil quilos e ter 6,5 metros de comprimento, segundo artigo da ONG Oceana, instituição dedicada à conservação e à pesquisa marinha em diversos países, como Estados Unidos, Brasil e México.
Trata-se de um animal territorialista que se mostra agressivo na presença de outras espécies e também de humanos. De acordo com a ONG Oceana, ele é responsável por ataques a dezenas de pessoas todos os anos.
Com dentes de 13 centímetros de diâmetro, possui uma das mordidas mais fortes do mundo animal e a capacidade de segurar a respiração por muito tempo, podendo, assim, afogar as suas presas antes de comê-las.
O crocodilo-de-água-salgada tem uma expectativa de vida de até 70 anos e habita manguezais banhados pelo Oceano Índico e Oceano Pacífico. A carne, os ovos e a pele do animal são muito apreciados pelos humanos da região onde vive.
No entanto, a espécie não se encontra na lista de ameaçados de extinção da União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), tendo cerca de 500 mil indivíduos adultos registrados em seu hábitat natural.
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O peixe-leão: uma praga do Caribe
O Pterois figura na lista por ser considerado um vertebrado marinho invasor de grande impacto destruidor, de acordo com uma publicação de 2019 na revista científica Nature.
Essa espécie pode ser encontrada no Oceano Atlântico e é responsável pela destruição de recifes de coral e pela diminuição da população de peixes pequenos que utiliza como alimento. Portanto, ele é perigoso para outras espécies e não para os seres humanos.
Controlar a sua população não é tão simples, segundo informa a Nature, e isso devido a duas razões: a distribuição geográfica variada do peixe e sua capacidade de se reproduzir com facilidade.
A caça do peixe-leão por mergulhadores é a principal e única maneira de fazer esse controle, afirma a publicação.
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Polvo-de-anéis-azuis
O veneno do polvo-de anéis-azuis é capaz de matar um humano.
O molusco pertence à família Hapalochlaena e, de acordo com dados de 2018 da Science Direct, são os únicos exemplares do gênero Octopodidae “capazes de causar mortalidade tóxica em humanos”.
Esse exemplar de polvo, popularmente conhecido como polvo-de-anéis-azuis, possui quatro espécies conhecidas. São elas: Hapalochlaena lunulata, Hapalochlaena maculosa, Hapalochlaena fasciata y Hapalochlaena nierstraszi.
Todas são capazes de mudar a pigmentação da pele. Segundo a Science Direct, suas marcas azuis ficam fluorescentes mediante a sensação de ameaça.
A presença de tetrodotoxina (assim como ocorre com o baiacu) em seus tecidos faz do polvo-de-anéis-azuis uma espécie marinha perigosa. Sua toxina é 1200 vezes mais letal que o cianeto.
O polvo-de-anéis-azuis é comumente encontrado na Austrália e em águas do Oceano Pacífico no Japão e na Coreia do Sul.
Fonte: National Geographic.
Foto: Brian J. Skerry.