A Fundação SOS Mata Atlântica diz que é possível reverter a qualidade ruim dos rios, e que isso já foi feito na Coreia do Sul, na Inglaterra e até no Brasil. Para isso, é preciso investimento e, principalmente, colaboração de toda a população.
Um estudo da Fundação SOS Mata Atlântica divulgado nesta terça-feira (22), Dia Mundial da Água, mostra que, nos últimos anos, não houve uma melhora significativa na qualidade da água dos rios da Mata Atlântica – 20% dos rios do bioma não têm condições mínimas para o uso humano.
O gráfico abaixo mostra a evolução do estudo desde 2014, ano em que a avaliação de ruim e péssimo ultrapassou os 35%.
A água considerada regular domina a avaliação em todos os anos. Ou seja, ela pode ser usada, mas só após passar por um tratamento.
Já a água considerada boa e ótima possui o menor percentual, apesar de vir crescendo no período. Em 2022, apareceu com 7%, quase o triplo de 2014.
A Fundação SOS Mata Atlântica diz que é possível reverter a qualidade ruim dos rios, e que isso já foi feito na Coreia do Sul, na Inglaterra e até no Brasil. Para isso, é preciso investimento e, principalmente, colaboração de toda a população.
“É a educação da população que começa a mudar essa percepção, e esse engajamento nas cidades. A gente precisa proteger a margem dos rios, as nascentes e termos mais áreas permeáveis na cidade, como florestas urbanas”, explica Cesar Pegoraro, biólogo da SOS Mata Atlântica.
“[Precisamos] ter alternativas de tratamento de esgoto que sejam na própria casa das pessoas, ou por bairros, pensando, inclusive, nas emergências climáticas”, completa.
Nessa terça-feira (22), a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório afirmando que um quarto da população mundial – ou seja, dois bilhões de pessoas – não têm acesso à água própria para consumo.
Fonte: Jornal da Globo.
Foto: Reprodução/JG.