Eles correspondem a mais de 70% da superfície terrestre. Mais de 3 bilhões de pessoas dependem de seus recursos para sobreviver. E são cruciais para a economia e a cultura dos povos.
No dia 8 de junho, celebramos o Dia Mundial dos Oceanos! A data comemorativa foi criada em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, sendo celebrada desde então em muitos países. Em 2008, a ONU oficializou a comemoração em seu calendário.
A comemoração foi criada com o objetivo de chamar a atenção das pessoas para a importância dos oceanos para a vida na Terra e para a sociedade humana, alimentam uma biodiversidade inimaginável e produzem alimentos, empregos, recursos minerais e energéticos necessários para a vida no planeta sobreviver e prosperar.
Presta inúmeros serviços ecossistêmicos, como sua contribuição para o equilíbrio climático, como sumidouro de carbono e produtor de oxigênio, além de fornecedor de alimentos e matérias-primas.
Do mesmo modo, a data coloca em evidência os impactos e ameaças que os oceanos sofrem, como a poluição por resíduos sólidos e químicos, a destruição de hábitats importantes, a sobrepesca e o esgotamento de estoques pesqueiros e da biodiversidade marinha e costeira.
Esses benefícios e impactos infelizmente são distribuídos de forma desigual, de modo que as populações vulneráveis geralmente sofrem mais os impactos e não recebem os benefícios das atividades geradoras destes.
A comemoração deste ano tem dupla importância, pois estamos no começo da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (2021-2030), que pretende impulsionar a cooperação entre as nações para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para melhor atender as necessidades da sociedade, de maneira sustentável e de modo a garantir a continuidade da prestação de serviços ecossistêmicos e meios de vida ligados ao mar.
As Nações Unidas, com o apoio dos Governos de Portugal e do Quénia, acolhem a Conferência dos Oceanos, em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho de 2022. A Conferência é um apelo à ação pelos oceanos – exortando os líderes mundiais e todos os gestores a aumentarem a ambição, a mobilizarem parcerias e aumentarem o investimento em abordagens científicas e inovadoras, bem como a empregar soluções baseadas na natureza para reverter o declínio na saúde dos oceanos.
A Conferência dos Oceanos acontece num momento crítico, pois o mundo procura resolver muitos dos problemas profundamente enraizados nas nossas sociedades e evidenciados pela pandemia da covid-19. Para mobilizar a ação, a Conferência procurará impulsionar as muito necessárias soluções inovadoras baseadas na ciência, destinadas a iniciar um novo capítulo na ação global pelos oceanos.
Fonte: ONU, ICMBio, Mar Sem Fim.