A energia gerada a partir do calor das profundezas da Terra oferece grandes vantagens: não emite resíduos de queima e apresenta mais estabilidade que outras fontes limpas, como o sol e o vento. Mas essa geração geotérmica apresenta potencial viável em alguns poucos locais – e as perfurações de teste custam muito. Uma empresa americana quer desafiar essa lógica.
A Fervo Energy anunciou que sua usina piloto em Nevada, Texas, provou a viabilidade comercial de energia geotérmica ampliada. Normalmente, essa fonte depende da ocorrência de rochas bem permeáveis. A executive Sarah Jewett, vice-presidente de Estratégia da Fervo, afirma que a companhia vem empregando uma técnica de perfuração horizontal, paralela ao nível do solo, para criar essa permeabilidade. Depois que as camadas de rocha são fragilizadas, a empresa injeta água no subsolo quente e capta o vapor aquecido – que usa para gerar energia.
“Isso é o que realmente libera o potencial da energia geotérmica, mas nunca antes havia sido demonstrado em escala comercial nos EUA”, explicou Sarah. “Isso abre uma enormidade de novos locais (onde a produção geotérmica será possível)”, disse a executiva ao site Stateline. Os defensores da tecnologia afirmam que fontes geotérmicas poderiam suprir até 20% da necessidade de energia dos EUA – com tremendo efeito na limpeza da matriz energética global, dado o tamanho da economia norte-americana (atualmente, essa fonte corresponde a menos de 0,5% da matriz dos EUA).
A Fervo vai conectar a nova usina à rede elétrica no Texas ainda este ano e constrói outra usina em Utah, que deve entrar em operação em 2028.
Fonte: Um Só Planeta.
Foto: Divulgação / Fervo Energy.