Segundo a agência, recentemente, “muitas testemunhas com credibilidade, muitas vezes aviadores militares, relataram ter visto objetos que não reconheceram no espaço aéreo dos Estados Unidos”
Um relatório da Nasa, a agência espacial americana, revelou na quinta-feira (14/9) as mais recentes avaliações sobre avistamentos de óvnis.
Em um relatório de 36 páginas, um painel independente de 16 especialistas encomendado pela Nasa confirmou que não há evidências de origem extraterrestre em uma enorme amostra avaliada de avistamentos de óvnis.
A maioria desses eventos já foi explicada, mas um pequeno número não pôde ser imediatamente identificado como fruto de fenômenos naturais ou de origem humana já conhecidos pela ciência. Por isso, essas ocorrências são chamadas pela agência espacial norte-americana de “fenômenos anômalos não identificados” (Unidentified Anomalous Phenomena, UAPs, na sigla em inglês). Eles também são popularmente conhecidos como objetos voadores não identificados (OVNIS).
O novo relatório, divulgado durante uma coletiva de imprensa transmitida online, diz que, “até o momento, não há razão para concluir que os relatos de UAPs existentes tenham uma origem extraterrestre”.
A conclusão é um avanço das deliberações apresentadas por uma reunião pública da Nasa em maio, na qual a agência divulgou a análise de pelo menos 800 óvnis pelo painel especializado. Na época, o diretor do Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios (AARO), Sean Kirkpatrick, já havia declarado que, dessas centenas de avistamentos, a porcentagem de casos que incluíam sinais de “anomalias” era entre 2% a 5%, apenas.
O painel de especialistas ressalta a importância da pesquisa, considerando que, “na busca por vida além da Terra, a vida extraterrestre em si deve ser a hipótese de último recurso” — uma resposta à qual se deve recorrer somente após todas as outras possibilidades científicas puderem ser descartadas.
Além disso, os especialistas advertem que a percepção negativa em torno dos UAPs é um obstáculo à coleta de dados. O envolvimento da própria agência “desempenhará um papel fundamental na redução do estigma associado aos relatórios de UAP”, segundo o texto.
Há outra dificuldade na análise desses fenômenos aéreos: a de ordem tecnológica. “Atualmente, a análise dos dados de UAPs é prejudicada pela má calibração de sensores, pela falta de medições múltiplas, pela falta de metadados de sensores e pela falta de dados de linha de base”, diz o documento.
Conforme comunicado, a Nasa se comprometeu a promover relatórios de ‘Ciência Cidadã’, envolvendo-se também com pilotos de governos ou de voos comerciais, para construir um conjunto de dados de óvnis mais amplo e confiável.
Mas e as supostas múmias extraterrestres?
Outra notícia que repercutiu na internet nesta semana foi o anúncio de duas múmias que, supostamente, seriam de “extraterrestres”. Elas foram apresentadas durante uma audiência pública nesta terça-feira (12) no Congresso do México.
Segundo divulgou o site The New York Times, as múmias foram levadas pelo “ufólogo autoproclamado” Jaime Maussan. Os dois espécimes, que ele disse terem sido encontrados no Peru em 2017, eram pequenos em estatura e de cor calcária. Cada um tinha mãos com três dedos e o que pareciam ser cabeças encolhidas ou dessecadas.
Maussan, que mora no México e é conhecido por se envolver com pseudociência na televisão e no YouTube, alegou que as “múmias extraterrestres” foram estudadas por cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México. Segundo ele, uma datação por radiocarbono havia demonstrado que os supostos restos mortais têm cerca de mil anos.
Após a repercussão das imagens das “múmias”, o Instituto de Física da Universidade Nacional Autônoma do México divulgou uma declaração explicando que seus pesquisadores nunca haviam examinado os espécimes. Eles apenas haviam feito testes de carbono em amostras de pele fornecidas por um cliente em 2017.
Até o momento, não se sabe a verdadeira origem das “múmias” apresentadas por Maussan, assim como não foi confirmado se elas realmente são restos mortais de algum ser vivo ou apenas objetos manufaturados para parecerem uma criatura humanoide.
Fontes: BBC News, Revista Galileu, Fontes: Época Negócio
Foto: Reuters/Via BBC.