Ibama confirma 54 propostas de projetos para construção de complexos eólicos offshore para a produção de energia em alto-mar

O ramo de energia offshore no Brasil é a grande aposta do setor energético no futuro e um total de 54 propostas para projetos de complexos eólicos em alto-mar já circulam os arquivos do Ibama, aguardando novas procedências do órgão.

O ramo de energia offshore no Brasil é a grande aposta do setor energético no futuro e um total de 54 propostas para projetos de complexos eólicos em alto-mar já circulam os arquivos do Ibama, aguardando novas procedências do órgão.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está com um total de 54 projetos de construção de complexos eólicos no mar brasileiro, que totalizam capacidade de 133,3 gigawatts (GW) de potência, quase 70% da capacidade atual de geração de todo o sistema elétrico nacional, que é de 200 GW atualmente.

O setor de energia eólica offshore é a grande aposta do mercado energético nacional e grandes empresas do segmento aguardam a regulamentação necessária para o início dos empreendimentos.

A produção de energia renovável no Brasil já está bastante elevada e, segundo Eduardo Raffaini, sócio-líder dos setores de óleo e gás, químico e industrial da Deloitte, dos 200 GW de potência instalada atualmente, cerca de 83% são provenientes de empreendimentos renováveis.

Assim, a produção de energia eólica offshore com os projetos em circulação no Ibama poderá expandir ainda mais esses números, visto que geração offshore tem potencial para chegar a 967 GW em locais onde a profundidade da água é de até 50 metros, de acordo com estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

E, entre as propostas dos projetos de complexos eólicos em alto-mar que estão sendo analisadas pelo Ibama atualmente, as principais são da empresa Ocean Winds, joint venture formada entre a Engie Brasil e a EDP Renováveis.

A companhia possui propostas para construir um total de cinco complexos eólicos offshore que terão 15 GW de capacidade no Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, mas ainda estão em fases iniciais. Dessa forma, não é possível dar mais detalhes sobre os investimentos ou tempo previsto para a finalização dos projetos.

Possibilidade de construção de complexos eólicos em alto-mar para produção de energia offshore atraiu companhias do ramo de óleo e gás

Entre os 54 projetos que circulam o Ibama atualmente, as empresas do ramo de óleo e gás estão marcando presença e possuem uma forte relevância no cenário, uma vez que elas já possuem experiência com atuação offshore no mercado internacional. Um dos principais destaques nos projetos é a companhia Equinor, que tem sua matriz na Noruega e operação local há aproximadamente 20 anos.

A companhia pretende construir complexos eólicos em alto-mar que somam 14,5 GW de potência instalada. Além disso, estão sendo previstos projetos no Rio de Janeiro e Espírito Santo (4 GW), e a Equinor está “avaliando outros cinco projetos no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, que teriam capacidade instalada de 10,5 GW”, segundo as informações sobre o futuro da empresa no ramo da energia eólica offshore no Brasil.

Agora, o Ibama aguarda a criação de uma regulamentação sobre os projetos eólicos offshore no Brasil por parte do Governo Federal, para poder levar adiante as análises das propostas das empresas e dar continuidade à atração de investimentos no setor brasileiro.

Fonte: CPG.

Foto: Pixabay.