Ilha flutuante equipada com energia solar é inaugurada na Coreia do Sul

A capital sul-coreana alberga a maior ilha artificial flutuante do mundo e que usa energia solar em seu ambiente interno. A construção do rio Han foi inaugurada recentemente. Trata-se de um conjunto de três edifícios interligados, projetados para acolher concertos, convenções, exposições, restaurantes e outros espaços de negócio e de lazer. As autoridades esperam que a ilha se torne uma atração para os sul-coreanos e para os turistas estrangeiros.

Localizada no Rio Han, a ilha Viva mede 3.271 metros quadrados e é a primeira a ser inaugurada. Já as ilhas Vista (de 4.737 metros quadrados) e a ilha Tera (de 1.200 metros quadrados) devem ser liberadas para visitação do público apenas em agosto deste ano. A construção está 58% finalizada e o investimento total das três ilhas chegará a 84 milhões de dólares.

Pesando duas mil toneladas, a ilha Viva mede 85 metros de comprimento, 49 metros de largura e 3 metros de altura. De toda essa estrutura, apenas 80 centímetros estarão submersos, enquanto o resto dará suporte a 6.400 toneladas de salas, pessoas e equipamentos. A primeira ilha será usada especialmente para eventos culturais e entretenimento.

O rio Han foi durante muito tempo um elemento essencial na vida de Seul. Mas nas últimas décadas os habitantes e as autoridades da capital sul-coreana viraram-lhe as costas. Agora pretendem inverter a situação e estão a ser desenvolvidos inúmeros projetos, dentro e fora de água.

Pesado, mas flutua!

De acordo com Kim Hyeong-Keon, um dos envolvidos no projeto, “existem ilhas artificiais em Dubai, nos Emirados Árabes, porém elas são uma adição às ilhas naturais já existentes na área. Já as ilhas flutuantes de Seul se destacam por serem completamente feitas pelo homem, flutuando dentro do rio”.

A ilha Viva é suportada por 24 airbags gigantes, que seguram toda a estrutura. Para que a flutuação não leve o complexo para longe, o leito do rio recebeu 500 toneladas de blocos de concreto, conectado às ilhas por meio de correntes de metal.

Para assegurar a estabilidade das três ilhas de Seul, a corrente mais longa medirá, no máximo, 69 metros de comprimento, assegurando que tudo fique no lugar mesmo quando o rio estiver mais movimentado. Além disso, um sistema deve monitorar todas as oscilações das três ilhas, para que elas não saiam mais do que um metro de sua posição original.

Um sistema de vigilância permanente controla os movimentos do conjunto, e se um dos elementos se afasta um metro da posição original é acionado um mecanismo para recolocá-lo no seu lugar. Existem outras ilhas artificiais no mundo, mas, esta é a maior, a mais complexa e a única a repousar num sistema de boias

Completando o projeto, as ilhas serão equipadas com 54 metros quadrados de painéis solares, que devem produzir seis quilowatts de energia por dia. Esse sistema será responsável por levar eletricidade para a parte interna dos complexos e iluminar a parte externa durante a noite.

A ilha pode receber milhares de pessoas. O centro de conferências, por exemplo, tem uma capacidade de 700 lugares. E o interesse que suscita estende-se aos turistas estrangeiros.

Quando chega o pôr-do-sol, a magia das luzes entra em ação A ilha flutuante situa-se perto de outra atração de Seul, o espetáculo de água e luz na ponte Banpo. Apesar do conjunto já ter sido inaugurado, ainda há muito trabalho para terminar o complexo. A ilha deve estar completamente operacional em Setembro.

Com este projeto a Coreia do Sul sonha poder acolher grandes eventos mundiais, embora a competição entre países seja enorme.

Fontes: Tecmundo, Euronews.