O governo da França está de fato empenhado em investir no ciclismo nos próximos anos. A medida mais recente é um aporte de 2 bilhões de euros (pouco mais de 10,5 bilhões de reais) até 2027 para o desenvolvimento da indústria de bicicletas no país.
Segundo a primeira-ministra, Elisabeth Borne, a ideia é trabalhar em conjunto com autoridades locais e a expectativa é que esse valor investido seja triplicado no período. O principal objetivo é fortalecer o lugar da bicicleta na economia do país, o que deve se estender a outras áreas como a mobilidade urbana e o meio ambiente.
Esse plano faz parte de um projeto maior intitulado França 2030, para o qual serão destinados 54 bilhões de euros (pouco mais de 284 bilhões de reais) para o desenvolvimento da competitividade industrial e tecnológica do país. No setor ciclístico, a meta é montar 1,4 milhão de bicicletas francesas até 2027 e chegar a 2 milhões em 2030. Em 2022 foram fabricadas 854 mil bikes na França.
O plano prevê também incentivar o setor de bicicletas usadas, com subsídios para que os franceses façam a manutenção de suas bikes. Nesse sentido, o governo planeja aumentar os bônus de reparo e estendê-los às elétricas, aos componentes e às oficinas colaborativas. Ainda, os subsídios para aquisição de bicicletas – agora incluindo e-bikes – foram estendidos até 2027. Entre 2017 e 2022, mais de 300 mil pessoas foram beneficiadas, com ajuda governamental superior a 67 milhões de euros.
Também estão previstos investimentos na infraestrutura, com a meta de sair dos 28 mil km de ciclovias atuais para 100 mil km em 2030, além de mais bicicletários nas estações de trem, prédios públicos e demais locais estratégicos. Para efeito de comparação, a malha de ciclovias e ciclofaixas de todas as capitais brasileiras soma 4,2 mil quilômetros (15% da atual malha cicloviária francesa).
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Fonte: Bicicleta News.
Foto: Divulgação.