Mata Atlântica concentra 24% das espécies ameaçadas no Brasil

Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponta para as espécies da fauna e flora do Brasil que estão ameaçadas de extinção. O estudo fez um comparativo de dados entre os anos de 2014 e 2022 e foi divulgado nesta quarta-feira (24).

A análise não abrange 100% de toda a diversidade das espécies brasileiras, mas faz uma amostra em quantidade suficiente para avaliar os riscos. Entre animais e plantas, o país tem 1.042 espécies em siutação crítica.

Números gerais

Atualmente, o Brasil abriga 50 mil espécies de plantas e mais de 122 mil espécies de animais em seis biomas. Foram avaliadas 15% das espécies da flora e 11% da fauna brasileira, o que representa um aumento em relação a 2014, quando foram analisadas 10% da flora e 9% da fauna.

A proporção de espécies ameaçadas mostrou reduções tanto na flora (de 47,4% para 42,7%) quanto da fauna (de 9,8 para 9%), explicadas em parte pelo aumento do número de espécies avaliadas até 2022.

 Flora

Total de espécies: 50.313

Avaliadas: 7.517 (15%)

 Espécies ameaçadas da flora:

684 criticamente em perigo

1.843 em perigo

680 Vulneráveis

Fauna

Total de espécies: 125.251

Avaliadas: 13.939 (11%)

Espécies ameaçadas da fauna:

358 criticamente em perigo

427 em perigo

468 vulneráveis

Das espécies ameaçadas nos biomas com efeito das ações humanas em 2020, a maior quantidade está na Mata Atlântica (24%). Neste bioma, há a maior quantidade de espécies já consideradas extintas, totalizando oito. A mais recente foi incluída em 2021: a perereca gladiadora de sino.

Espécies ameaçadas de extinção por bioma:

Pantanal – 4%

Amazônia – 6%

Costeiro Marinho – 7%

Pampa – 10%

Caatinga – 15%

Cerrado – 16%

Mata Atlântica – 24%

Leonardo Bergamini, coordenador dessa pesquisa no IBGE, diz que o foco é entender a situação de cada ecossistema e faz um alerta para o aumento da ameaça em um bioma específico

“Chama a atenção a situação da Mata Atlântica, que na lista oficial de 2014 já era o bioma com mais espécies ameaçadas e isso se mantém”, explica.

Fonte: G1.

Foto: GloboNews/Reprodução.