Banhistas que foram até a praia de St. Ives, na Cornualha, na costa da Inglaterra, se decepcionaram ao encontrar milhares de caranguejos-aranha, que atrapalharam o passeio.
Os caranguejos se juntaram no fundo da parte rasa do mar, antes de retornarem para as profundezas. Crustáceos se amontoam dessa forma como uma estratégia de defesa.
A parte de baixo do corpo deles, mais sensível, não fica à mostra, enquanto o exoesqueleto, que é a carapaça sobre o corpo e possui mais resistência, fica virada para cima. Veja abaixo os registros feitos pela fotógrafa marinha Kate Lowe (passe para o lado para assistir ao vídeo):
“Eu faço mergulhos com snorkel a maior parte do tempo ao longo dos anos, mas eu nunca tinha visto caranguejos nessa quantidade. Quando chegamos na praia parecia que haviam muitas pedras negras abaixo da superfície”, relata a fotógrafa marinha Kate Lowe, que disse que “haviam milhares de caranguejos” no mar.
Vale ressaltar que esse crustáceo é venenoso, mas inofensivo para humanos. Mas um “beliscão” vindo das garras desse bicho não proporciona a melhor das sensações.
É esperado que, em breve, o grupo de caranguejos-aranha volte para a parte mais profunda do oceano, quando terminarem a troca da casca externa, e o banho de mar na praia ficará mais acessível e agradável para humanos novamente.
Andrew Hosie, que recebeu um exemplar da espécie de um banhista, explicou que apenas a aparência do animal é assustadora. Na verdade, o pesquisador — curador das coleções de crustáceos e vermes do Western Australian Museum — disse que o animal é muito ‘fofo’
A capa peluda é formada por esponjas-do-mar, devidamente aparadas pelas garras afiadas do animal. Com a técnica, ele evita ser devorado por polvos, outros caranguejos ou peixes. Além disso, algumas das esponjas usadas como camuflagem produzem toxinas nocivas para predadores do caranguejo, o que reforça a proteção
A família de caranguejos-esponja (Dromiidae) já era conhecida de cientistas. O que foi descoberto (e publicado no periódico Zootaxa, que divulgou os detalhes da descoberta) são algumas novas espécies descritas de forma errônea em décadas passadas
Fonte: R7.
Reprodução/Colin McLay (via Metro)