Um guarda-florestal encontrou moscas carnívoras, conhecidas como águias-pescadoras, da espécie Thyreophora cynophila durante o seu expediente em um parque nacional, localizado no Vale do Ossau, no sul da França.
A descoberta ocorreu em fevereiro deste ano e foi divulgada pelo parque na última sexta-feira. O guarda participava de uma ação de vigilância sanitária, no Vale de Ossau, quando se deparou com o inseto conhecido como “abutre barbudo”.
Em 2010, alguns espécimes da mosca carnívora foram encontrados na Espanha. E desde 2018 o entomologista Laurent Pelozuelo, da Universidade Paul Sabatier, de Toulouse, vem mobilizando ambientalistas para procurar esses insetos no lado francês dos Pirineus.
“Extremamente raras, as observações são ainda mais importantes para o conhecimento da espécie”, disse a administração do Parque dos Pirineus, em comunicado nas redes sociais.
Também conhecida como “mosca urubu”, a Thyreophora cynophila é especialmente ativa no inverno, quando suas larvas se alimentam de carcaças em decomposição na neve.
Os insetos, que eram considerados extintos havia quase 200 anos, estavam rondando os restos mortais de um javali. As informações são do R7.
O homem percebeu que as moscas não eram comuns, porque tinham a cabeça laranja, corpo de coloração azul metálico e asas com um par de manchas pretas.
As moscas carnívoras foram documentadas pela primeira vez por um botânico alemão no século 18. Outro registro raro da espécie ocorreu em 2009, quando um fotógrafo conseguiu capturar imagens das águias-pescadoras.
Tirando esses registros, as moscas carnívoras eram dadas como extintas desde 1836.
Especialistas acreditam que a espécie ficou tanto tempo sem ser vista pelo fato de buscarem alimentos normalmente durante o período noturno. As moscas carnívoras gostam do inverno e ficam em regiões de difícil acesso. Por isso, os profissionais da área têm dificuldades em estudá-las e observá-las.
Fontes: G1, R7, Isto É.
Foto: Divulgação.