Grandes multinacionais, incluindo Bayer, Volvo, Decathlon, Ikea, Nestlé, Danone, Heineken, eBay e Unilever, fizeram um apelo aos governos para que eliminem gradualmente o uso de combustíveis fósseis, como uma forma de respeitar a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C, estabelecida no Acordo de Paris.
A um mês da COP28, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Dubai, as 131 empresas reunidas na coalizão We Mean Business, que faturam US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões, na cotação atual) anualmente, disseram estar “sentindo o impacto e o custo do aumento dos fenômenos meteorológicos extremos derivados da mudança climática” e que não podem realizar esta transição “sozinhas de uma forma segura ou eficiente”.
“As instituições financeiras, os produtores de combustíveis fósseis e os governos têm um papel-chave”, afirmaram, pedindo aos países que “estabeleçam metas e um calendário para a eliminação progressiva” dos combustíveis fósseis cujas emissões de carbono não sejam captadas nem armazenadas.
A questão da energia gerada por petróleo, uma das principais fontes das emissões de CO₂ na atmosfera, será central nas negociações da COP28, em Dubai, em novembro.
Diversos países defendem a eliminação quase total dos combustíveis fósseis cuja queima não envolva procedimentos para captura ou armazenamento dos gases emitidos. As técnicas para capturar ou armazenar os gases-estufa, no entanto, ainda não estão difundidas e viáveis, em sua maioria.
“Como compradores e usuários de energia no sistema mundial, temos um papel importante a desempenhar na hora de enviar um sinal claro sobre nosso uso futuro da energia”, declararam as empresas reunidas na coalizão.
Fonte: Folha SP.
Foto: Ina Fassbender – 17.jan.2023/AFP.