Na Austrália, cachorros estão lambendo sapos com toxina alucinógena

Cachorros que vivem no estado australiano de Queensland estão ficados “viciados” em lamber sapos que contém uma toxina alucinógena na pele, afirmam as autoridades locais. Veterinários ouvidos por uma rede de TV australiana alertam que a prática é perigosa e que os caninos podem ter tremores, salivação acima do normal e até morrer.

Jonathon Cochrane, da Escola de Ciências Veterinárias da Universidade de Queensland, disse ao jornal Courrier Mail que alguns cães já foram tratados no consultório mais de uma vez e que alguns deles chegam a perseguir os sapos para que os anfíbios excretem a substância e depois os cães possam lambê-la. “Dizer ao certo que um cachorro ou um gato está tendo uma alucinação é impossível, mas alguns ficam com o olhar perdido ou vão atrás de algo do outro lado da sala que não está lá e outros apenas olham para fora da gaiola enquanto os monitoramos”, disse ele.

Nikita Den Engelse, de 27 anos, contou que seu cachorro, Wally, está tendo que ficar o tempo todo dentro de casa depois de dois encontros com sapos e de ser encontrado espumando e tremendo.

Do outro lado do planeta, nos EUA, o Serviço Nacional de Parques está pedindo aos visitantes que não lambam uma espécie de sapo encontrado no deserto de Sonora, conhecido como sapo do rio Colorado. “Esses sapos têm glândulas parotoides proeminentes que secretam uma toxina potente. Pode deixá-lo doente se você manusear o sapo ou colocar o veneno na boca. Como dizemos para a maioria das coisas que você encontra em um parque nacional, seja uma lesma de banana, um cogumelo desconhecido ou um grande sapo com olhos brilhantes na calada da noite, evite lamber. Obrigado”, disse a nota divulgada pela instituição.

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Foto: John Carnemolla/Getty Images.