O destroier USS Samuel B. Roberts, ou Samuel B., afundou durante a Batalha de Samar no Mar das Filipinas em outubro de 1944. Atualmente o naufrágio repousa em um dos locais mais profundos dos oceanos, somente superado pelas fossas oceânicas, entre elas a fossa das Marianas, a nada menos que 6.8 mil metros abaixo da superfície. Antes de mais nada, este é mais um feito extraordinário do financista texano Victor Vescovo. Ele é um ex-reservista da marinha dos Estados Unidos, multimilionário de Wall Street fundador da empresa de private equity, Insight Equity Holding e, sobretudo, um amante do mar.
A batalha naval aconteceu no dia 25 de outubro de 1944. Entrou na história pela heroica resistência norte-americana contra 23 navios japoneses e, além disso, por ser a primeira em que o Império do Japão utilizou os inconcebíveis, até então, pilotos Kamikaze.
Mais de mil americanos morreram, enquanto três destroieres foram a pique, o USS Samuel B. Roberts, o USS Hoel e, finalmente, o USS Johnson. Apesar disto, os aliados levaram a melhor, obrigando os japoneses a se retirarem.
O encontro do navio por Victor Vescovo
Em junho de 2022, Victor Vescovo, da Caladan Oceanic Expeditions, em parceria com a EYOS Expeditions, encontrou o navio que desde então é considerado o naufrágio mais profundo do mundo.
Vescovo é um dos raríssimos seres humanos a descer aos locais mais profundos de cada um dos cinco oceanos do mundo. Para tanto, sua expedição usou o primeiro submersível de casco de titânio. Ao mesmo tempo, estabeleceu outro recorde por tornar-se a primeira e única pessoa a visitar o topo (ele alcançou o topo do Monte Everest) e a base do mundo, a fossa das Marianas.
Contudo, Vescovo não é um ególatra. É um apaixonado pelos oceanos. Sua expedição aos locais mais profundos contribuiu para o Projeto Nippon Foundation-GEBCO Seabed 2030 que visa compilar um mapa de profundidade total do oceano até o final da década.
Além disso, sua empresa Caladan Ocean dedica-se ‘ao avanço da tecnologia submarina, ao mesmo tempo em que apoia expedições para aumentar a compreensão dos oceanos’.
Logo depois do encontro a empresa emitiu um comunicado: ‘O piloto Victor Vescovo, ao lado do especialista em sonar Jeremie Morizet, mergulhou e localizou os destroços do ‘Sammy B. Embora dividido em dois pedaços separados por cerca de 10 metros, o navio repousa em um declive a uma profundidade máxima de 6.895 metros’.
Fonte: Mar Sem Fim.