Não é exagero dizer que os carros com motor a combustão estão com os dias contados e devem desaparecer do mapa em algumas décadas, dando lugar a veículos elétricos e com novas tecnologias, como a de condução autônoma. Na União Europeia, mas também em países como o Japão e em alguns estados norte-americanos, os limites para emissões de gases do efeito estufa estão cada vez mais rígidos, o que leva os governos darem curso a ações importantes para garantir metas de controle da poluição nas cidades.
A COP26, cúpula do clima da ONU que aconteceu em Glasgow, na Escócia, projetou metas ambiciosas para reverter o atual quadro climático. Um dos planos das autoridades mundiais é acabar com a venda de carros a combustão a partir de 2035, nos mercados mais importantes do mundo. A iniciativa, patrocinada por 30 países, deve ganhar o reforço de seis grandes montadoras, incluindo Ford, GM e Volvo. Apesar das novas diretrizes definidas para longo prazo, a diretoria da cúpula pede urgência. Em seu primeiro esboço da declaração final do evento, as nações são encorajadas a revisar e endurecer seus planos de redução de emissões de gases de efeito estufa não daqui a uma década, mas até o fim de 2022.
A aliança, com uma centena de signatários, foi apresentada oficialmente no dia 10/11/2021, na COP26 e estabeleceu que os signatários trabalharão para que todas as vendas de caminhonetes e automóveis novos sejam de zero emissão em 2035. Cerca de 30 países estão dentro desse acordo, encabeçado pelo Reino Unido, e que tiveram outras adesões importantes, como Canadá, Índia, Países Baixos, Áustria, Noruega, Chile e Dinamarca. Entretanto, não estavam presentes EUA, China, Alemanha e França. No lado dos fabricantes, seis grandes companhias globais se somaram — Ford, General Motors, Volvo, Mercedes-Benz, Jaguar Land Rover e a chinesa BYD.
Entretanto, a proposta europeia ainda precisa ser oficializada nas instâncias comunitárias e pelos 27 países do bloco. O fato de essa negociação estar em andamento foi a justificativa para que alguns membros importantes da UE, como a Espanha, Alemanha e França, não tenham aderido imediatamente à iniciativa internacional, segundo fontes da delegação espanhola na COP26.
Ao acordo apresentado no dia 10/11/21, também se podem somar governos regionais e cidades que se comprometem a trabalhar para que suas frotas de automóveis e caminhonetes próprias ou alugadas sejam veículos de zero emissão no mais tardar a partir de 2035. Do mesmo modo, os fabricantes que se unem a essa declaração prometem trabalhar para que no máximo dentro de 14 anos todas as suas vendas de caminhonetes e veículos de passeio sejam sem emissões dos gases do efeito estufa nos principais mercados.
Fontes: El País, BBC, Poder 360, Aberje, Eco, PróColetivo.