Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (9) aponta que 99% dos entrevistados acreditam que as enchentes no Rio Grande do Sul possuem ligação com as mudanças climáticas. Para 64%, as mudanças climáticas têm ligação total, 30%, “em partes”; 5%, “um pouco”; e 1% afirmam que “não tem ligação nenhuma”.
O levantamento encomendado pela Genial Investimentos ouviu 2.045 pessoas, em 120 municípios, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
“As mudanças climáticas são temas de debates. A pesquisa mostra um cenário um pouco mais esperançoso neste tema para que o governo encontre um espaço de unidade nacional em torno deste que parece ser um tema que veio para ficar”, explicou Felipe Nunes, diretor da Quaest.
A pesquisa desta quinta também perguntou se a cidade em que os entrevistados moram sofreu algum desastre ambiental nos últimos anos.
Calor extremo: 78% afirmaram que “sim” e 22% que “não”
Enchente ou inundação: 44% disseram que “sim” e 56% que “não”
Deslizamento de terra: 36% disseram que “sim” e 64% que “não”
Para 96%, os fenômenos naturais têm aumentado de intensidade nos últimos anos, 4% discordam.
A poluição industrial e o desmatamento são as causas das mudanças climáticas para 29% dos entrevistados. 22% disseram que é a ocupação desordenada nas cidades e 20% que é o uso de combustíveis fósseis.
Poluição industrial: 29%
Desmatamento: 29%
Ocupação desordenada nas cidades: 22%
Uso de combustíveis fósseis: 20%
Nenhuma: 1%
O problema que mais preocupa os entrevistados são as enchentes e inundações, com 21%, seguido por ondas de calor (16%), acabar a água no mundo (15%), desmatamento (14%), poluição da água (10%), poluição do ar (9%), lixo plástico (6%), extinção de plantas e animais (6%) e erosão do solo (2%).
Para 23% dos entrevistados, preservar áreas verdes e regenerar áreas degradadas é a iniciativa que acreditam ser a mais efetiva para proteger o meio ambiente.
Para 92% dos entrevistados, as tragédias no Rio Grande do Sul são consideradas muito graves. Enquanto 7% disseram ser grave e 1% afirmaram ser pouco grave.
94% das pessoas que responderam à pesquisa disseram estar muito preocupada com as consequências econômicas que podem ocorrer depois dos desastres no RS. Enquanto 6% afirmaram estar pouco preocupada.
Fonte: G1.
Foto: Exército Brasileiro.