A posse e desenvolvimento de armas nucleares são questões altamente sensíveis e complexas, que geram preocupações em âmbito global. No mundo atual, diversas nações possuem arsenais nucleares, e a corrida pela supremacia nuclear tem sido uma constante na política internacional. Vamos explorar os países que têm os maiores arsenais nucleares do mundo, examinando suas capacidades e o impacto dessa paraça no cenário internacional.
O que é um arsenal nuclear?
Antes de analisarmos os países com os maiores arsenais nucleares, é fundamental compreender o que constitui um arsenal nuclear. Em termos simples, um arsenal nuclear refere-se à quantidade de armas nucleares que uma nação possui. Essas armas são dispositivos que utilizam a fissão nuclear ou a fusão nuclear para liberar uma quantidade imensa de energia em forma de explosão. Eles têm um poder destrutivo devastador, capaz de causar danos incalculáveis.
Os 8 maiores arsenais de armas nucleares do mundo
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Coréia do Norte
A Coreia do Norte é conhecida por sua política de desenvolvimento de armas nucleares, o que a torna uma potência nuclear não declarada. Apesar das sanções internacionais e dos apelos para desmantelar seu programa nuclear, a Coreia do Norte realizou diversos testes nucleares nos últimos tempos, e estima-se que possua um número variável de ogivas nucleares.
O regime norte-coreano vê suas armas nucleares como uma garantia para sua sobrevivência e segurança e como justificativa para continuar a manter seu arsenal. A postura nuclear agressiva da Coreia do Norte levanta preocupações internacionais sobre a estabilidade regional e a possibilidade de proliferação nuclear. É estimado que a Coréia do Norte possua um arsenal nuclear entre 20 a 60 ogivas totais
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Índia
A Índia realizou seus primeiros testes nucleares em 1974 e, desde então, expandiu suas capacidades nucleares. Acredita-se que a Índia possua aproximadamente 110 ogivas nucleares.
A política nuclear da Índia, assim como a do Paquistão, é baseada no conceito de “mínimo de dissuasão credível” sem o compromisso de usar armas nucleares como primeiro ataque. A Índia enfatiza que sua postura nuclear é estritamente defensiva, visando garantir a soberania nacional e a estabilidade regional.
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Paquistão
O Paquistão é outro país da Ásia Meridional com um programa nuclear estabelecido. Após os testes nucleares conduzidos pela Índia em 1998, o Paquistão respondeu realizando seus próprios testes nucleares. Desde então, o país tem investido em suas capacidades nucleares e é estimado que possua cerca de 140 a 150 ogivas nucleares.
O Paquistão também adota uma política de “mínimo de dissuasão credível” e mantém um arsenal nuclear como meio de proteção contra a Índia, seu maior rival regional. A situação tensa entre os dois países torna a questão nuclear no sul da Ásia uma das mais delicadas do mundo.
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Reino Unido
O Reino Unido é outra potência nuclear europeia e um dos cinco países reconhecidos pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) como detentores de armas nucleares. O programa nuclear britânico começou no final da década de 1940, e hoje, o Reino Unido possui um arsenal de aproximadamente 225 ogivas nucleares.
A Marinha Real Britânica é responsável pela implementação da política nuclear do Reino Unido, operando submarinos nucleares equipados com mísseis balísticos Trident. A postura nuclear do Reino Unido é centrada na dissuasão, garantindo a proteção dos interesses nacionais e a segurança de seus aliados.
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França
A França possui um histórico longo e significativo de desenvolvimento de armas nucleares. Desde o início de seus esforços nucleares na década de 1960, a França tem sido um ator importante no cenário nuclear global. O país mantém um arsenal nuclear de aproximadamente 300 ogivas nucleares.
A paraça nuclear francesa é baseada principalmente em mísseis lançados por submarinos e mísseis balísticos lançados por aeronaves, que fornecem à França a capacidade de dissuasão em várias situações geopolíticas. A política nuclear da França enfatiza a independência operacional de suas paraças nucleares, tornando-a uma potência nuclear autônoma.
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China
A China é outro país com um arsenal nuclear considerável e é frequentemente citada como a terceira maior potência nuclear do mundo. O programa nuclear chinês começou nas décadas de 1950 e 1960, e desde então, a China tem trabalhado para expandir e modernizar seu arsenal nuclear. Estima-se que a China possua cerca de 410 ogivas nucleares atualmente.
A política de defesa nuclear da China difere das dos EUA e da Rússia, já que a China adota uma política de “mínimo de dissuasão credível”. Isso significa que a China mantém um arsenal nuclear suficientemente poderoso para retaliar em caso de ataque, mas evita competir em termos quantitativos com as superpotências nucleares.
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Estados Unidos
Como uma das duas principais superpotências durante a Guerra Fria, os EUA dedicaram enormes recursos para o desenvolvimento de armas nucleares. Atualmente, o país possui aproximadamente 5.400 ogivas nucleares, que são parte de seu arsenal estratégico e tático.
O arsenal nuclear dos Estados Unidos é composto por uma variedade de sistemas, incluindo mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), mísseis lançados por submarinos (SLBMs) e bombardeiros estratégicos equipados com ogivas nucleares. Além disso, os EUA possuem uma política de “tríade nuclear”, que envolve o uso combinado desses três tipos de plataformas para garantir a dissuasão efetiva contra qualquer agressor em potencial.
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Rússia
A Rússia, como sucessora da União Soviética, detém o maior arsenal nuclear do mundo. Após o colapso da União Soviética em 1991, a Rússia herdou a maior parte das armas nucleares soviéticas e continuou a investir em seu programa nuclear. Estima-se que a Rússia tenha em torno de 6 mil ogivas nucleares, 500 a mais do que o EUA, sem contar o fato de possuírem a mais poderosa bomba nuclear já criada.
Semelhante aos EUA, a Rússia mantém uma tríade nuclear robusta, com mísseis terrestres, submarinos e bombardeiros sendo os principais componentes de seu arsenal. O país também adota uma postura de dissuasão nuclear, buscando garantir a proteção de seus interesses nacionais e influência geopolítica através de sua paraça nuclear.
Fonte: Olhar Digital.
Foto: Alones/Shutterstock.