Animais silvestres, pássaros e espécies selvagens em perigo de extinção começaram a reaparecer na fauna silvestre do Rio de Janeiro. A restauração da Mata Atlântica permitiu que no Parque dos Três Picos, por exemplo, em Nova Friburgo, na Região Serrana, 30 câmeras fotográficas camufladas ativadas à distância, espalhadas pelos 65 mil hectares de extensão do parque, revelassem a presença de espécies antes consideradas raras ou extintas.
O reflorestamento de áreas degradadas e a criação de corredores ecológicos têm proporcionado um ambiente propício para a recolonização dos animais. Espécies como a onça-parda e o gato-do-mato, que estavam no topo da lista e em risco de desaparecer, têm sido avistadas cada vez mais em todo o estado.
O Estado do Rio de Janeiro tem 39 unidades de conservação administradas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e 70 câmeras distribuídas nesses lugares. A região do Parque dos Três Picos, no complexo do Pico da Caledônia, em Friburgo, é um dos principais exemplos dos efeitos positivos dessas medidas. As armadilhas fotográficas instaladas no parque revelaram a presença de espécies como a onça-pintada, a anta, o gato-do-mato, entre outras da Mata Atlântica.
Fruto de uma parceria entre o Inea e o Projeto Aventura Animal, o monitoramento da fauna, por meio de câmeras fotográficas, tem o objetivo de estudar o comportamento de espécies que habitam essa unidade de conservação.
Temos a onça-parda, que é o topo da cadeia alimentar, os catetos, animais que acabam sendo alimento da onça, gato-maracajá, gato-mourisco, gato-do-mato pequeno, que está no topo da lista de ameaçados de extinção. Então, está tendo continuidade das espécies, que é a parte mais importante desses registros. Quando a gente consegue entender que o local da mata está sendo avistado por várias espécies, é sinal de que essa mata também está sob controle — explicou Juran Santos, fotógrafo de aventura do Parque Estadual dos Três Picos e criador do projeto Aventura Animal.
Iniciativa da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, o programa Florestas do Amanhã tem como meta, até 2050, aumentar a área florestal da Mata Atlântica fluminense em 10%, o que representa mais de 440 mil hectares. Outra frente de incentivo à restauração florestal no território fluminense é o projeto Conexão Mata Atlântica. Além de colaborar com a segurança alimentar, o projeto visa, por meio do reconhecimento e compensação de ações ambientais em propriedades rurais, a redução do carbono da atmosfera e a conservação da biodiversidade.
Fonte: Um Só Planeta.
Foto: Divulgação.