Seis são presos por corte de árvores para facilitar visualização de outdoors em Curitiba

Seis donos e diretores de empresas de mídia de Curitiba foram presos nesta terça-feira (11), em Curitiba, por corte ilegal de árvores na capital. De acordo com a polícia, eles realizavam os cortes para favorecer a visão de outdoors, painéis de led e propagandas em fachadas.

A Justiça expediu seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão e todos foram cumpridos na capital paranaense e na cidade de Pinhais. Para tentar maquiar o rastreamento dos pagamentos do responsável pelo corte das árvores, as empresas faziam os depósitos através de contas de pessoas físicas em cargos de gerência.

Os nomes dos presos e das empresas envolvidas não foram divulgados até esta publicação ir ao ar.

De acordo com o delegado Guilherme Dias, os suspeitos cometiam os crimes há pelo menos três anos.

“Eles entendiam que uma vez que você tirava todos os obstáculos para a visualização desse painel, esse painel ganhava valor de mercado e facilitaria a venda daquele espaço.”

Os cortes, sem licença ambiental, foram em pelo menos 45 pontos da capital. Segundo a investigação, os anunciantes dos outdoors não estão envolvidos no esquema.

Entre as espécies cortadas, conforme a polícia, está o Ipê-amarelo. O delegado disse que o grupo tinha cautela para cometer os crimes de uma forma que diminuísse a chance de flagrantes.

“Eles instruíam os executores a não cumprirem horário de maior movimento. Então cumpriam à noite, cumpriam aos finais de semana”, destacou Guilherme.

Crimes

A polícia afirmou que um lenhador também é investigado, mas não foi preso.

O delegado disse que o homem recebia entre R$ 100 e R$ 600 para o serviço de corte, a depender do tamanho da árvore. Além disso, os galhos das árvores eram deixados no local, o que caracteriza descarte incorreto.

Conforme a polícia, os investigados responderão pelos crimes de destruição de vegetação do bioma Mata Atlântica, destruição de plantas de ornamentação públicas, utilização ilegal de motosserra, poluição e associação criminosa. As penas podem chegar a até 13 anos de prisão.

Fonte: G1, CBN.

Foto: Foto ilustrativa/Daniel Castellano / SMCS.