Um dos produtos que mais poluem os oceanos e rios é o plástico, o qual se tornou uma grande dor de cabeça para os ambientalistas. Para diminuir o impacto negativo desse material no ecossistema, um biólogo da Indonésia desenvolveu uma sacola feita de mandioca, que, jogada nos mares e rios, pode servir de alimento para os peixes. Diante de tanta falta de consciência observada no mundo inteiro quanto a atitudes de preservação do meio ambiente, uma iniciativa como essa merece destaque, pois mostra como é possível fazer a diferença. E, acreditem, essas sacolas já estão sendo produzidas em larga escala na Indonésia. Pelo grande consumo de plástico, eles são descartados todos os dias e acabam por chegar ao mar, poluindo e matando muitas espécies. O homem que teve a brilhante ideia de criar sacolas, e também canudos, feitos de mandioca, biodegradáveis e que servem de alimentos para os peixes é o biólogo indonésio Kevin Kumala.
Em Bali, onde vive após retornar dos EUA, Kevin, ao ver a quantidade de lixo acumulada, decidiu fazer algo, e de fato fez. Passou a desenvolver e vender produtos feitos com o tubérculo como matéria-prima. O objetivo é reduzir o impacto negativo em nosso meio ambiente, causado pelo consumo dos descartáveis que não podem ser reciclados ou descartados facilmente, sem causar mais danos.
A sacola foi um dos seus últimos produtos criados. O site da empresa Avani ressalta que desde 2016, quando foi criada, evitou-se a fabricação de três toneladas de produtos não sustentáveis. “Nós buscamos continuamente nos tornar uma ponte para ajudar e encorajar comunidades e negócios a produzirem iniciativas que gerem um impacto sustentável para o meio ambiente. Encorajando o uso do termo ‘responsável’ como um valor central dos três fatores-chave: reduzir, reutilizar, reciclar”, diz o site da empresa.
Os sacos de mandioca de tamanho médio podem transportar até 3,5 kg, se transportarem produtos secos. Outros objetos também utilizam materiais naturais em sua fabricação, como, por exemplo, copos e canudos feitos com amido de milho, e ainda se faz uso de outras matérias-primas naturais, como marmitas produzidas com extrato de cana-de-açúcar.
Desde que criou sua empresa Avani Eco, em 2014, todos os produtos fabricados são feitos de matéria-prima sustentável e sua decomposição na natureza é de 100 dias, ao contrário do plástico que conhecemos, que leva 400 anos.
O uso desenfreado de sacolas plásticas tem causado sérios problemas. Além da poluição das águas, com prejuízo da vida marinha, também os seres humanos já sofrem os efeitos do uso excessivo desse material, pois os cientistas já provaram que há microplásticos em nosso corpo, os quais causam danos à nossa saúde.
Mesmo sendo quase invisíveis ao olhos humanos, já sentimos os estragos feitos pelos microplásticos. De todo modo, eles não ultrapassam os 5 milímetros. Dessa forma, plânctons e pequenos animais se alimentam do plástico contaminado e, ao serem comidos por peixes maiores, propagam a intoxicação. No final da cadeia, inevitavelmente, é o ser humano que irá se ser contaminado ao se alimentar desses peixes. Entre os problemas envolvendo o plástico, estão disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas.
Mas voltando às sacolas indonésias, caso as utilize em dia de chuva, não se desespere, suas compras não vão se espalhar pela rua. Elas são inteligentes o suficiente para não se dissolverem em água em temperatura ambiente, dissolvem-se apenas em água morna. Cada sacolinha suporta até 3 kg e custa 1 real (ou 450 rupias, na Indonésia).
De todo modo, mesmo que não tenhamos um acesso tão facilitado ao material criado por Kevin, ainda podemos tomar outras medias. Por isso, utilize menos, reutilize e recicle produtos que sejam feitos de plástico. Além disso, processos de coleta seletiva são fundamentais para lidarmos com o plástico que ainda estamos produzindo.
Fontes: Ekkogreen, Notisul, Fatos Desconhecido,Eonomia Negócios, Correio Brazilience, Só Boa Notícia.
Iniciativas como esta deveriam ser incentivadas no mundo todo.