Uma tempestade solar de classe fraca está produzindo ejeções de massa coronal (CMEs) em direção à Terra. Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), uma bolha gigante de plasma solar deve passar raspando pela atmosfera do nosso planeta, podendo provocar uma tempestade geomagnética de grau leve.
Não há razão para se preocupar, pois, caso isso aconteça (o que é possível, mas bem pouco provável), os efeitos não serão graves. Além de pequenos apagões de sinais de rádio e oscilações na rede elétrica das áreas próximas à região atingida, é possível que haja formação de auroras a latitudes mais baixas do que o habitual.
Auroras são produzidas quando partículas de CMEs atingem a Terra e interagem com sua atmosfera superior. Então, essas partículas se movem através das linhas de campo magnético do nosso planeta e excitam moléculas altas na atmosfera, criando luzes coloridas.
Nossa estrela-mãe vem atravessando uma intensa onda de atividade, causando poderosas erupções solares frequentes, que, muitas vezes, podem gerar CMEs. Quando as bolhas de plasma das CMEs passam pela Terra, elas podem comprimir temporariamente o escudo magnético do nosso planeta, o que, além de gerar belas auroras, pode também, dependendo da paraça da tempestade geomagnética, prejudicar os sistemas de comunicações e estações elétricas.
Segundo a NOAA, a grande maioria das tempestades geomagnéticas são leves. Mas CMEs produzidas por erupções mais poderosas podem desencadear tempestades muito mais devastadoras — como o Evento Carrington, de 1859, que induziu correntes elétricas tão fortes que equipamentos telegráficos explodiram em chamas, de acordo com a NASA.
Alguns cientistas alertam que outra tempestade solar dessa magnitude poderia mergulhar a Terra em um “apocalipse da internet”, deixando as nações offline por semanas ou meses.
CMEs normalmente levam de 15 a 18 horas para chegar à Terra depois de deixarem o Sol. As chances de uma pequena CME “pastar a magnetosfera da Terra”, segundo a NOAA descreveu em seu último relatório, são baixas, podendo levar a uma tempestade geomagnética da classe G1, a mais fraca em uma escala de cinco níveis.
No início desta semana, uma poderosa erupção solar de classe X, o tipo mais forte já registrado no nosso Sol, foi detectada pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA. No entanto, a explosão não estava direcionada à Terra, pois aconteceu em uma mancha localizada no membro inferior esquerdo do Sol.
Fonte: Olhar Digital, Ambiente Brasil.