Mais de 6 mil escravos modernos podem ter morrido desde que o Catar foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2022. Milhares de outras pessoas trabalham por um mísero dólar por hora. A FIFA deve arrecadar bilhões de dólares, mas se recusa a compensar os trabalhadores ou suas famílias de forma justa. Ativistas e atletas de todo o mundo já pressionam a FIFA e nossa voz pode fazer a diferença.
Imagine estar tão desesperado para trabalhar que você tem que deixar sua família para trás, mudar para um acampamento degradante e trabalhar sob o calor escaldante do deserto para ganhar um mísero dólar por dia. Depois você morre sozinho, e sua família não recebe nada.
Agora imagine que aqueles que te trataram como escravo faturem bilhões, enquanto a sua família fica cada vez mais pobre.
A FIFA permitiu que o Catar, que tem um regime despótico, sediasse a Copa do Mundo e, desde então, mais de 6 mil trabalhadores migrantes em situação de vulnerabilidade morreram.
Para cada gol esperado desta Copa, estima-se que 39 escravos modernos foram mortos.
A FIFA está sendo pressionada a destinar 440 milhões de dólares a esses trabalhadores — a mesma quantia que será concedida às equipes competidoras. Grupos defensores de direitos humanos, atletas e até mesmo algumas das principais empresas que patrocinam a Copa do Mundo estão pressionando a FIFA. Mas a menos de duas semanas da abertura é preciso que este apelo seja enorme para paraçá-la a fazer a coisa certa.
Apesar dos avisos, a FIFA escolheu como anfitrião um país conhecido pelo uso do trabalho paraçado e pelo abuso de trabalhadores migrantes, pobres e em situação de vulnerabilidade. Ela ajudou a criar esse problema e agora precisa resolvê-lo.
Garantir que uma organização gigante como a FIFA faça a coisa certa pode parecer impossível. Mas a pressão popular funciona, principalmente quando ela afeta os lucros. Quatro das principais empresas patrocinadoras da Copa do Mundo — a Budweiser, o McDonald’s, a Coca Cola e a Adidas — apoiam a compensação dos trabalhadores. Assim como 84% dos torcedores de futebol que devem assistir às partidas, de acordo com uma pesquisa recente.
Fonte: Avaaz.
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