Hoje! Superlua Azul

Na noite desta segunda-feira, 19 de agosto, os céus do Nordeste prometem um espetáculo celestial imperdível: a Superlua Azul. Este fenômeno raro combina a fase cheia da Lua com o momento em que ela está mais próxima da Terra, conhecida como perigeu, fazendo com que o satélite natural pareça maior e mais brilhante no céu. Será da primeira de quatro superluas que acontecem este ano.

Uma superlua não é um termo astronómico oficial, mas é normalmente utilizado para descrever uma Lua cheia a pelo menos 90 por cento do perigeu, ou seja, o ponto da sua órbita mais próximo da Terra.

A órbita da Lua em torno da Terra não é um círculo perfeito e a sua distância do planeta varia.

A Lua está, em média, a cerca de 384 400 km da Terra, mas esta segunda-feira à noite, estará cerca de 23 000 km mais próxima – quase o dobro do diâmetro do nosso planeta. Esta proximidade vai aumentar o brilho e o tamanho do satélite natural, dando-lhe uma presença mais imponente no céu noturno.

No seu ponto mais próximo, a Lua cheia pode parecer até 14 por cento maior e 30 por cento mais brilhante do que quando está no seu ponto mais afastado da Terra, conhecido como apogeu.

Como e Quando Observar

A Superlua Azul poderá ser vista em todo o Brasil, incluindo o Nordeste, sem a necessidade de qualquer equipamento especial. Basta olhar para o céu a partir das 15h25, quando a Lua começará a aparecer no horizonte. A melhor visualização, entretanto, será ao anoitecer, quando o contraste com o céu escuro fará com que a Lua pareça ainda maior e mais luminosa.

Especialistas recomendam que a observação seja feita em locais com pouca ou nenhuma nebulosidade, para garantir uma visão clara e deslumbrante do fenômeno.

O que é uma Superlua Azul?

De acordo com a NASA, esta superlua será também uma Lua azul, um acontecimento raro que ocorre a cada dois ou três anos.

Uma Lua azul ocorre quando há duas luas cheias num único mês ou quando há quatro luas cheias numa única estação. Desta vez, trata-se desta última situação.

No entanto, apesar do nome, a Lua não aparecerá, de fato, azul. Em raras ocasiões, o satélite natural pode parecer azul, normalmente devido a fumo ou poeira na atmosfera.

De acordo com a NASA, a superlua azul estará cheia durante três dias, desde a manhã de domingo até à manhã de quarta-feira, com o ponto mais próximo da Terra na segunda-feira às 20h26 CET.

A próxima estará ainda mais perto, na noite de 17 de setembro para a manhã seguinte, cerca de 4.484 km mais perto do que a de agosto.

A superlua de outubro será a mais próxima do ano, a 357.364 km da Terra, seguida da superlua de novembro, a uma distância de 361.867 km.

Nessa noite, ocorrerá também um eclipse lunar parcial, visível em grande parte das Américas, África e Europa, quando a sombra da Terra incidir sobre a Lua, assemelhando-se a uma pequena dentada.

Dupla surpresa: uma Superlua e uma chuva de meteoros

A superlua Azul de segunda-feira à noite será acompanhada por Saturno, que se situará a 1,5 graus acima do horizonte oriental.

Segundo a NASA, a lua brilhante de Saturno, Titã, e os seus anéis deverão ser visíveis através de um telescópio.

No entanto, não será possível ter a visão “clássica” de Saturno com os seus anéis até 2026, uma vez que os anéis estarão à beira da Terra no início de 2025.

De acordo com a NASA, este ciclo lunar em particular também traz a oportunidade de testemunhar duas chuvas de meteoros: as Aurigídeas, com pico na manhã de 31 de agosto, e as Perseidas Epsilon de setembro, com pico na manhã de 9 de setembro.

Estas chuvas são consideradas menores em comparação com as Perseidas, observadas em 12 de agosto, que atingem um pico de 100 meteoros por hora na manhã de 12 de agosto.

Com um pico de cerca de 10 meteoros por hora para as Aurigídeas, elas ainda podem oferecer uma bela exibição no Hemisfério Norte, se estiver longe da poluição luminosa urbana.

Curiosidades Sobre a Lua Azul

O termo “Lua Azul” é para descrever a segunda Lua cheia de um mês, mas já houve momentos na história em que a Lua realmente adquiriu uma coloração azulada. Isso ocorreu devido a eventos atmosféricos raros, como a erupção do vulcão Krakatoa em 1883, que espalhou cinzas na atmosfera, e incêndios florestais no Canadá em 1951, que tingiram o céu de uma forma incomum.

A Lua Azul que veremos nesta segunda-feira não terá uma cor diferente, mas sua raridade e beleza fazem deste um evento imperdível para entusiastas da astronomia e para qualquer pessoa que aprecie as maravilhas do universo.

Fonte: Euronews, Pense Numa Notícia.

Foto: Observatório Heller & Jung/Divulgação.