Novas manchas de óleo foram localizadas por banhistas que estavam na Praia de Camurupim, em Nísia Floresta. O material foi encontrado em várias partes da faixa de areia, no litoral Sul potiguar.
Representantes da Marinha, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) e da Defesa Civil do município estiveram no local. Parte do óleo recolhido será analisado pelos órgãos. A limpeza na área onde o material foi identificado iniciou ainda no sábado e foi finalizada na manhã do domingo (24).
De acordo com o secretário adjunto de Meio Ambiente e Urbanismo de Nísia Floresta, Bismarck Sátiro, o material encontrado em Camurupim é diferente das manchas de óleo localizadas em anos anteriores nas praias do Rio Grande do Norte e de outros estados do Nordeste.
“É um óleo novo, totalmente diferente daquele encontrado recentemente nas praias, é até mais fácil de pegar porque ele gruda. A operação continua neste domingo. Coletamos muitos quilos, mas essa pesagem só será feita na segunda-feira”, disse o secretário que também é coordenador da Defesa Civil municipal.
Em nota, a assessoria de comunicação do Instituto de Defesa do Meio Ambiente ressaltou que a população do estado deve ficar tranquila quanto o material localizado e informou ainda que as medidas cabíveis foram adotadas.
“Embora o reaparecimento de óleo seja esperado após o derramamento ocorrido na Costa Brasileira, no segundo semestre de 2019, não há como indicar relação dos fragmentos encontrados até os resultados das análises”, diz trecho do texto.
Segundo o professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) e coordenador do Projeto Cetáceos Costa Branca, Flávio Lima Silva, o reaparecimento de pelotas de óleo é previsto em casos como o que ocorreu em 2019.
“Parte do óleo pode ter sido depositada no fundo do mar ou na praia e reaparecer meses após, em função das condições meteorológicas e oceanográficas, como direção e velocidade dos ventos e das correntes marítimas no atual período. Entretanto, somente análises laboratoriais podem confirmar a relação com o derramamento de 2019”, explicou, por meio da comunicação do Idema.
Ainda de acordo com a assessoria, o Comando Unificado esclarece que o monitoramento das praias do litoral potiguar é realizado rotineiramente. Neste sábado (23), a equipe da Secretária de Meio Ambiente do Município de Nísia Floresta realizou vistoria no local, acionou a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil para comunica sobre a ação de limpeza. A mesma recolheu o material, que acondicionado na estação de transbordo do município.
O Comando Unificado de Incidentes é formado por representantes do Governo do RN (por meio do Idema, Defesa Civil, Projeto Cetáceos da Costa Branca/UERN, Sesap, Semarh, Sape), organizações da sociedade civil (Comitê de Bacias Hidrográficas, ONG Oceânica), MPF, MPE, Ibama, Marinha, UFRN, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Tibau do Sul e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Maxaranguape.
Petrobras solicita investigação sobre manchas de óleo em praia do RN
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, emitiu uma nota oficial para expor as providências tomadas acerca das manchas de óleo encontradas na praia de Camurupim, município de Nísia Floresta, litoral Sul do Rio Grande do Norte, na manhã do sábado (23).
Para esta segunda-feira (25), estavão planejadas ações, como: inspeção de dutos de plataformas; envio de amostras ao Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES); elaboração de relatório e contato com o IDEMA para oferecer apoio em sobrevoo e limpeza das praias.
Ex-senador do RN, Prates indicou que ainda no sábado solicitou inspeção em plataformas, mas não foram observados indícios de vazamento de óleo. Além disso, ordenou sobrevoo na área e não foram identificados quaisquer vestígios do material.
Os resíduos foram encontrados em uma faixa de areia de aproximadamente 400 metros de extensão na manhã deste sábado (23). De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Nísia Floresta, a limpeza começou no início da tarde. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), existe a possibilidade do material ser o mesmo do encontrado em 2019/2020 no litoral potiguar, no entanto, a confirmação só será possível após análise.
Fonte: Tribuna do Norte.
Foto: Divulgação.