Dia 30 de março, foi celebrado o primeiro Dia Internacional de Desperdício Zero, durante reunião de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, EUA, liderada por António Guterres, secretário-geral da organização.
A data foi instituída em 14 de dezembro de 2022 como forma de reconhecimento sobre a importância das iniciativas que promovem padrões sustentáveis de consumo e produção, visando o Lixo Zero, em diferentes países.
No encontro, representantes de estados-membro trocaram experiências e histórias de sucesso locais e nacionais, que visam o desenvolvimento e a implementação de soluções e tecnologias de gerenciamento de resíduos sólidos.
Durante o discurso de abertura, Guterres lembrou que, a cada ano, são gerados 2,24 bilhões de toneladas de resíduos sólidos no mundo, sendo que apenas 55% são gerenciados em instalações controladas e 33% não recebe tratamento adequado.
Este volume equivale ao despejo de um caminhão de lixo cheio de plástico no oceano por minuto!
Reutilizar e reciclar tudo!
Em mensagem para marcar a data, o secretário-geral, António Guterres, lembrou que, todo ano, 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos são gerados, mas 33% não recebem tratamento adequado.
O secretário também destacou que 10% de todas as emissões globais de gases de efeito estufa têm origem no cultivo, armazenamento e transporte de alimentos, que são desperdiçados. Ele considerou esse dado “revoltante”, uma vez que, em nível global, 800 milhões de pessoas, por ano, passam fome.
E ainda declarou que, para mudar esse cenário, o mundo precisa investir pesado em sistemas e políticas modernas de gerenciamento de resíduos, que incentivem a reutilização e a reciclagem de tudo: “de garrafas plásticas a eletrônicos antigos”.
Seu convite à humanidade é para que “o mundo declare guerra ao lixo”, o que só será possível com consumidores mais conscientes, mas também com empresas que contribuam para a economia circular e sem desperdício.
Afinal, a produção e o descarte de resíduos faz parte da crise planetária provocada pelas mudanças climáticas, pela perda de biodiversidade e pela poluição.
O secretário-geral lamentou os números, afirmando que o planeta está sendo tratado “como uma lixeira”. Ele disse que, no ritmo atual, a produção de dejetos chegará a quatro bilhões toneladas por ano até 2050.
Para o líder da ONU, a humanidade está “estragando sua única casa”. Ele alertou sobre os impactos da produção de lixo e da poluição no meio ambiente, nas economias e na saúde humana.
Economias sem desperdício
O secretário-geral disse que é preciso “declarar guerra ao lixo”. E que os consumidores precisam agir de forma mais consciente. Ele também fala de empresas que devem contribuir para uma “economia circular e sem desperdício”.
Segundo dados da ONU, o setor de resíduos é parte da tripla crise planetária de mudança climática, perda da biodiversidade e poluição. Os objetivos das iniciativas de desperdício zero são proteger o meio ambiente, aumentar a segurança alimentar e melhorar a saúde e o bem-estar humanos.
A Estratégia Global para Consumo e Produção Sustentáveis pode orientar essa transição. Estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, Estados-membros e partes interessadas, o documento propõe a adoção de objetivos sustentáveis de consumo e produção em todos os setores até 2030.
O levantamento da ONU aponta que a humanidade gera cerca de 2,24 bilhões de toneladas de resíduos sólidos anualmente, dos quais apenas 55% são gerenciados em instalações controladas.
Todos os anos, cerca de 931 milhões de toneladas de alimentos são perdidos ou desperdiçados e até 14 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos ecossistemas aquáticos.
Fonte: ONU News.
Foto: Pnuma/Duncan Moore.