Muitas pessoas podem até não saber, mas os oceanos da Terra estão simplesmente carregados de ouro. Inclusive, cientistas estimam que exista mais de US$ 1,14 quatrilhão desse metal presente na água do mar. Porém, se você está pensando que é só dar uma voltinha pela praia para voltar para casa milionário, não é bem assim que as coisas funcionam.
Na realidade, os números totais podem enganar. Segundo pesquisadores, existe cerca de um grama de ouro dissolvido em cada 100 milhões de toneladas métricas de água do mar no Atlântico e no Pacífico. E mesmo que alguns estudos acreditem que a concentração do metal pode ser maior em outras partes, como o mar Mediterrâneo, a riqueza iminente é apenas abstrata. Entenda mais sobre o caso!
Um estudo antigo realizado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) afirmava que existiam aproximadamente 20 milhões de toneladas de ouro na água do mar no nosso planeta. Apesar dessa quantia absurda estar completamente diluída, os números totais são impressionantes.
Como o preço do ouro flutua constantemente, acaba sendo difícil encontrar um valor concreto para vender um peso tão grande. Porém, estimativas feitas em meados de maio de 2023 avaliavam uma tonelada de ouro em US$ 57 milhões. Portanto, seguindo essa avaliação, todo o ouro presente nos oceanos valeria algo como US$ 1,14 quatrilhão.
Esse número é capaz de fazer os olhos de qualquer pessoa brilhar, visto que tal quantia financeira parece completamente irreal. De certa forma, ela realmente não pode ser obtida e tudo tem a ver com o fato de que pôr as mãos nesse ouro é um problema gigantesco e praticamente impossível.
Quando falamos sobre todo o ouro existente nos mares, precisamos entender que toda a quantia está diluída na vasta extensão de todos os oceanos. Portanto, mesmo que você fosse capaz de reunir uma piscina olímpica de água do mar em sua casa, você só conseguiria ser dono de uma quantidade pífia de ouro.
Além disso, extrair ouro da água torna-se a maior dificuldade, uma vez que atualmente não há qualquer forma econômica de separar esse metal do oceano para obter lucro — embora isso não tenha feito as pessoas pararem de tentar. Um estudo de 1941, publicado na revista Nature, descreve um “método eletroquímico” para separar os elementos. Contudo, o custo desse processo acabou sendo cinco vezes mais caro que a recompensa.
Em tempos mais recentes, estudos de 2018 falam sobre um material que funcionaria como uma “esponja” para extrair rapidamente qualquer vestígio de ouro da água do mar, bem como água doce e até mesmo lodo de esgoto. Mesmo assim, a pesquisa enfrentou os mesmos problemas de não conseguir ser lucrativa com todo o processo.
Por fim, é também preciso considerar o impacto potencial na biodiversidade e nos ecossistemas ao realizar tal extração. Ainda não sabemos ao certo como funcionaria uma extração em larga escala desse material, mas é seguro afirmar que não seria exatamente saudável para o ambiente marinho.
Fonte: Mega Curioso, Fator RH.
Foto: Getty Images.