Uma nova pesquisa lançada nesta segunda-feira (17) pelo Instituto Semeia revela pela primeira vez um panorama de visitação dos parques com áreas de preservação do Brasil e revela um total de 4,1 milhões de visitas em 2023. No mesmo ano de análise, os parques nacionais juntos receberam 11,8 milhões de pessoas. O Parque das Dunas aparece na lista como o nono mais visitado.
Com a nova pesquisa, foi possível atualizar a lista dos 10 parques mais visitados do Brasil. São eles: Tijuca (RJ), Iguaçu (PR), Jericoacora (CE), Bocaina (RJ, SP), Noronha (PE), Cocó (CE), Jaraguá (SP), Utinga (PA), Dunas (RN) e Lençóis Maranhenses (MA). Destes, quatro incluídos são estaduais: Cocó, Jaraguá, Utinga e Dunas.
Entre os estaduais, São Paulo e Ceará apresentaram o maior fluxo de visitas: 1,1 milhão e 636 mil, respectivamente. Já o bioma mais visitado foi a Mata Atlântica (10,4 milhões), seguido pela Caatinga (2,5 milhões).
“Ficamos muito felizes em ver o Parque das Dunas entre os parques estaduais mais visitados do Brasil. Esse dado reforça a relevância da nossa Unidade de Conservação não só para o lazer e o turismo sustentável, mas também para a educação ambiental e a qualidade de vida da população”, disse a gestora do Parque das Dunas, Mary Sorage.
Dos 308 parques naturais analisados, 54% mantiveram algum tipo de controle de entradas, utilizando métodos diretos ou estimativas. Porém, 44% dos parques não apresentavam a contagem ou estavam fechados e 7 unidades não forneceram as informações.
O estudo também revelou que o Brasil experimentou um crescimento na visitação aos seus parques, com um aumento superior a 160% desde 2012. No entanto, segundo o Instituto Semeia, apesar dos avanços, desafios persistem e ainda há um potencial inexplorado dos parques brasileiros. Caso atingissem sua capacidade sustentável de visitação, poderiam receber até 56 milhões de visitantes anualmente e gerar R$ 44 bilhões ao PIB nacional.
Entre os desafios, os pesquisadores citam a falta de apoio político e de recursos financeiros e humanos para o aprimoramento do monitoramento.
Renata Mendes, diretora executiva do Instituto Semeia, destacou que os dados são essenciais para o planejamento e a melhoria da infraestrutura dos parques, garantindo que atendam tanto aos visitantes quanto aos objetivos de conservação ambiental.
Apesar dos avanços, desafios persistem e ainda há um potencial inexplorado dos parques brasileiros. Caso atingissem sua capacidade sustentável de visitação, poderiam receber até 56 milhões de visitantes anualmente e gerar R$ 44 bilhões ao PIB nacional. Entre os desafios, os pesquisadores citam a falta de apoio político e de recursos financeiros e humanos para o aprimoramento do monitoramento.
Mariana Haddad, gerente de políticas públicas do Semeia, destaca que ações coordenadas entre diversos atores são essenciais para superar os obstáculos e fortalecer a visitação sustentável. A utilização de tecnologia, como sensores automáticos e sistemas de agendamento, também tem se mostrado uma solução eficaz.
O Parque das Dunas
Criado em 1977 como a primeira área de preservação do Rio Grande do Norte, o Parque das Dunas é um patrimônio dos potiguares e um lugar que faz parte do cenário de quem vive ou visita a cidade. O local tem por objetivo garantir a preservação e conservação dos ecossistemas naturais englobados, proteger os recursos genéticos, possibilitar a realização de estudos, pesquisas e trabalhos de interesse científico, preservar sítios de valor histórico, arqueológico e geomorfológico;, além de oferecer condições para o lazer, o ecoturismo e a realização de atividades educativas e de conscientização ecológica.
O parque é aberto à visitação de terça a domingo, das 7h30 às 17h. Às segundas-feiras, a unidade fecha as portas para manutenção.
Fontes: Tribuna do Norte, Blog FM.
Foto: Divulgação.