Todo ano, uma expedição parte da costa atlântica do Canadá para explorar os destroços do famoso Titanic. Em 2022, o time de pesquisadores se deparou com muito mais do que o finado navio na região do naufrágio: eles encontraram um ecossistema produtivo e denso, a 2.900 metros de profundidade, com inúmeros corais, lagostas e peixes.
O abismo, provisoriamente apelidado de Nargeolet-Fanning, foi originalmente registrado como um sinal de sonar há 26 anos por PH Nargeolet, um piloto submersível veterano, mergulhador da Expedição Titanic. Agora, o sinal detectado finalmente tomou forma, graças ao apoio da equipe científica da fundação norte-americana OceanGate.
“Esta descoberta vai melhorar a forma como pensamos sobre a biodiversidade do abismo. As formações vulcânicas aparentemente basálticas são notáveis, e ficamos surpresos com a diversidade e densidade das esponjas, corais de bambu, outros corais de água fria, lagostas e peixes que prosperam a 2.900 metros de profundidade no oceano Atlântico Norte”, afirma Steve W. Ross, cientista-chefe da OceanGate Expeditions, em comunicado.
Para os pesquisadores, essa descoberta também é uma oportunidade de comparar com a biologia marinha em torno do Titanic. “A variedade de formas de vida, concentração de seres e os ecossistemas em geral podem diferir entre o recife artificial profundo do Titanic e este recife oceânico profundo natural recém-revelado”, continua Ross.
Durante o mergulho, além de captar fotografias e imagens em vídeo, também foram realizadas análises de DNA ambiental das amostras de água que foram coletadas. Agora, os próximos passos envolvem simulações de computador da região que possam fornecer um melhor entendimento dessas áreas rochosas inexploradas.
Fonte: Revista Galileu.
Foto: Divulgação/ OceanGate.