Em apenas um século, a temperatura da superfície terrestre aumentou cerca de 0,6°C, trazendo como ameaça drásticas mudanças no clima do planeta. Provavelmente, boa parte do aquecimento se deva à emissão dos chamados gases-estufa (sobretudo dióxido de carbono e metano), resultantes de atividades humanas, como queima de combustíveis fósseis e desmatamento. As hidrelétricas também são apontadas como tendo um papel importante no lançamento desses gases na atmosfera, piorando ainda mais o panorama.
Por outro lado, o tão falado agronegócio (produção agropecuária voltada para a exportação) vem provocando danos ao ambiente – em algumas áreas já se verificam processos acentuados de desertificação –, além de graves transformações sociais. Somado a isso, a água doce, antes usada como recurso inesgotável, está se tornando cada vez mais escassa em função de seu intenso uso industrial e agrícola, do crescimento populacional, e do acelerado aumento da poluição de rios e lagos.
E o que dizer de nossa cultura de desperdício? Mais de 200 mil toneladas diárias de lixo são produzidas no país e apenas 40,5% delas recebem destinação final adequada. Esses índices dizem bastante sobre o planeta e nos fazem pensar particularmente o futuro do Brasil. A industrialização no nosso país seguiu modelos altamente poluidores que não proporcionaram o tão esperado crescimento.
Diante dessa paisagem um tanto assustadora, qual o caminho a seguir? Parece haver uma única saída: um esforço conjunto para reduzir atividades essencialmente poluidoras (queimadas e desmatamentos, entre outras) e implementar políticas ambientais compatíveis com o crescimento econômico e o desenvolvimento social.
Confira a seguir os principais desafios ambientais enfrentados pelo Brasil
Desenvolvimento e meio ambiente: uma falsa incompatibilidade
A ideia de que as políticas ambientais prejudicam o desenvolvimento é desmentida por estudos sobre a relação entre o desmatamento e indicadores econômicos e sobre o modelo adotado para a industrialização no país.
Padrão de consumo e degradação ambiental no Brasil
Uma análise dos níveis de degradação ambiental que cada classe de renda gera no Brasil revela que os ricos degradam mais, mas que sua participação na degradação é menor que sua participação na distribuição da renda.
O aquecimento global e o papel do Brasil
A emissão dos chamados gases de ‘efeito estufa’ está tornando a superfície da Terra cada vez mais quente. Se não para realizado um gigantesco esforço para reduzir o processo, o clima do planeta se alterará drasticamente.
Gases de efeito estufa em hidrelétricas da Amazônia
Uma imensa quantidade de metano, presentes na água contida nos reservatórios das hidrelétricas da Amazônia, é liberada para a atmosfera quando essa água sai pelos vertedouros, contribuindo para aumentar o ‘efeito estufa’.
O custo da água gratuita
A consciência de que a água em condições de uso torna-se cada vez mais escassa precisa ganhar paraça no Brasil, onde as culturas do desperdício e da água gratuita tornam crítica a situação dos recursos hídricos em algumas áreas.
Agronegócio e desertificação no Brasil
Considerado o principal motor do desenvolvimento do país, o agronegócio – a produção agropecuária apoiada em novas tecnologias e voltada para a exportação – vem provocando importantes danos aos principais biomas brasileiros.
Fonte: Ciência Hoje.
Foto: Rosário Xavier – Pixabay.