Prefeitura assina ordem de serviço para enrocamento de Ponta Negra

O prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), assinou nesta terça-feira (11) a Ordem de Serviço para o início das obras na proteção costeira da Praia de Ponta Negra, o popular enrocamento. Serão 2km de enrocamento, que será viabilizado com blocos de concreto tipo “lego”. A expectativa da empresa vencedora da licitação é instalar o canteiro de obras nos próximos dias. Esta parte da obra tem orçamento de R$ 23  milhões.

“Nossa cidade não tem grandes empresas, indústrias, para gerar emprego e renda. Nossa principal atividade é o turismo. 80% dos investimentos no turismo em Natal são em Ponta Negra, daí a importância dessa obra. Nesse contexto, é obra fundamental porque ela vai aumentar a praia em 50m na maré cheia e 100m na maré seca, deixando a água mais distante do calcadao, evitando as destruições que ocorrem comumente naquele local”, disse o prefeito Álvaro Dias (PSDB).

Segundo o secretário de Infraestrutura e Obras de Natal, Carlson Gomes, a empresa vencedora da licitação já entrou com pedido de instalação do canteiro de obras junto ao Idema, visando iniciar as obras em Ponta Negra.

“A previsão da obra são 10 meses, mas temos expectativa de diminuir esse prazo. Será o primeiro passo, uma obra acessória, para a obra principal, que é a engorda  da praia de Ponta Negra. Assinada a ordem de serviço, a empresa tem cinco dias para começar a obra”, disse Gomes.

A ordem de serviço foi assinada após a liberação da Licença de Instalação e Operação (LIO) por parte do Instituto do Desenvolvimento Econômico e Sustentável do RN (Idema), assinada na última segunda-feira (10). Uma comitiva da Prefeitura do Natal chegou a ir até a sede do órgão para buscar explicações sobre a falta da assinatura do documento, que já estava em análise no órgão desde agosto.

Depois da conclusão do enrocamento, com previsão de seis a oito meses de obras, a Prefeitura do Natal pretende dar andamento à engorda da Praia de Ponta Negra, com alargamento da faixa de areia da praia. com até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca. Atualmente, em situações de maré cheia, bares, barracas e banhistas ficam praticamente impedidos de frequentar a areia e o mar. A erosão costeira em Ponta Negra, inclusive, ameaça o Morro do Careca, cartão postal do Rio Grande do Norte e a Zona de Proteção Ambiental (ZPA) de Natal. A licença ambiental para esta segunda etapa da obra, que consiste ainda em atividades de drenagem em Ponta Negra, já está em análise no Idema.

Segundo os estudos feitos pela empresa paulista Tetratech, a engorda será feita a partir de um “empréstimo” de areia submersa trazida de um determinado lugar para Ponta Negra. O estudo identificou que a melhor areia deveria ter diâmetro médio superior (areia média a grossa) ao sedimento atual da face praial, com volume e distância compatíveis com a necessidade da engorda da praia.

Essa areia virá de uma jazida em Areia Preta, localizada entre 7 e 9km da praia de Ponta Negra.  A jazida marinha identificada como fonte de sedimentos para o projeto de realimentação, abrange um volume de sedimentos de aproximadamente 6.900.000 m³, com aproveitamento potencial, preferencialmente, restrito às áreas mais rasas resultando em 4,4 milhões de m³ disponíveis”, diz o estudo

Fonte: TN RN.

Foto: Divulgação.