A imensidão do universo, muitas vezes, nos faz sentir pequenos e vulneráveis, especialmente pela falta de controle que temos sobre a natureza. O cosmos guarda mistérios e perigos dos quais a humanidade ainda nem sonha em conseguir se proteger, dada a insignificância humana do ponto de vista cósmico.
Quando falamos em extinção ou apocalipse, logo pensamos em um meteoro ou um asteroide gigante atingindo a Terra, uma vez que a história do planeta é marcada por acontecimentos como os referidos. Porém, qual será o real risco que os asteroides oferecem, visto que muitos deles atingem a Terra todos os anos?
O real perigo dos asteroides para o planeta Terra
Existem cerca de meio bilhão de asteroides com tamanhos superiores a quatro metros de diâmetro orbitando o Sol. Eles viajam a velocidades de até 30 quilômetros por segundo, aproximadamente a mesma velocidade da Terra.
Essas rochas ambulantes não representam sempre uma ameaça real para a Terra. A maioria delas é pequena e, quando colidem com nosso planeta, geralmente causam danos limitados, se é que causam algum.
Muitos deles queimam na atmosfera antes de atingir o solo, dando luz às clássicas estrelas cadentes e reduzindo ainda mais o risco de algo maior. No entanto, existem casos em que asteroides maiores representam um perigo equivalente.
A ameaça do impacto direto
A NASA disponibiliza um guia completo com informações sobre asteroides, revelando o que aconteceria na colisão em cada caso, dependendo do seu tamanho:
Um asteroide de quatro metros, por exemplo, não poderia causar estragos significativos se atingisse a Terra, embora a sua velocidade seja absurdamente alta. Segundo a NASA, ao menos um desses asteroides atinge o planeta todo ano. No entanto, a grande maioria passa a distâncias seguras.
Já um asteroide de 10 quilômetros poderia causar a extinção em escala global, mudando até mesmo a geologia da Terra.
No ano passado, houve 126 aproximações, e em 2023, ocorreram 50 até o momento, considerando as passagens que ocorreram a uma distância de até 300 mil quilômetros. No entanto, o que realmente nos interessa não é a frequência dessas passagens, mas sim a magnitude de uma possível colisão. Esta possui uma escala de medida, assim como os terremotos e furacões.
Medindo o risco
A Escala de Torino é utilizada para classificar as ameaças previstas para os próximos 100 anos, com notas que variam de 0 a 10. Nessa escala, zero representa ausência de risco e dez indica uma colisão com grandes objetos. Atualmente, praticamente todos os objetos conhecidos possuem classificação zero, sendo que nenhum ultrapassa o quarto nível da escala.
Além disso, cerca de 95% dos asteroides com mais de um quilômetro de tamanho já foram identificados, não havendo preocupação em nenhum desses casos. E mesmo se houvesse, existem planos para o desvio de rota de rochas espaciais por meio da colisão com espaçonaves, como ocorreu recentemente com a missão DART.
Fonte: Multiverso.
Imagem: Alandre/Pinterest/Reprodução.