O Arquipélago de Fernando de Noronha há mais de 20 anos foi reconhecido pela Unesco como um Patrimônio Natural Mundial da Humanidade. Um tesouro vivo que precisa ser muito bem protegido.
Parada obrigatória para essa equipe que partiu, seis meses atrás, em um projeto de alerta pela saúde dos oceanos em todo o planeta. Logo, a tripulação pegou os cilindros pra um mergulho numa região conhecida como Pedras Secas.
Foi uma vistoria minuciosa pelos túneis que abrigam corais e esponjas de várias cores – e um alívio saber que ninguém encontrou sequer um vestígio de lixo por ali.
Mais à frente, no chamado Buraco das Cabras, o tapete verde que se estendia era um convite para o deslumbramento com a fauna marinha.
Para a pesquisadora Heloisa Schurmann, coube a missão de investigar um dos principais pontos turísticos do arquipélago. A piscina natural da Praia do Atalaia.
Para chegar lá, uma caminhada de pouco menos de dois quilômetros por dentro do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, criado em 1988 para proteger a biodiversidade da região.
A piscina do Atalaia é um dos lugares mais monitorados de Noronha. Com número de visitantes restrito, o passeio tem hora marcada e regras rígidas do que pode ou não ser levado.
A água é rasinha, mas só entra quem usar um colete flutuante. Pisar no chão desse aquário natural é proibido – e, mesmo com tantos cuidados, o invasor foi detectado, micro plástico. Não é um lixo do visitante de Noronha. É um lixo que ele vem do mar.
Fernando de Noronha faz sua parte pra evitar essa poluição. Desde 2018, um decreto restringe a entrada de plásticos descartáveis na ilha. A fiscalização feita no aeroporto costuma surpreender grande parte dos turistas, mas todos colaboram.
Fonte: Voz dos Oceanos.