A Suécia emitiu licenças para caçadores matarem um total de 201 linces, semanas depois que dezenas de lobos foram mortos no maior abate de lobos do país nos tempos modernos. O número de licenças para matar lince ao longo de março, emitidas pela Suécia, é mais que o dobro do número nos últimos anos.
O abate planejado é desproporcional a qualquer perigo para o gado ou para as pessoas, dizem os conservacionistas e ativistas da vida selvagem, que estão pedindo à União Europeia (UE) que tome medidas contra a Suécia por violar a lei ambiental, informa o Guardian.
“Esta é uma caça ao troféu, assim como ir à África para caçar leões”, disse ao portal Magnus Orrebrant, chefe do Svenska Rovdjursföreningen, um grupo de defesa dos direitos dos animais que iniciou uma petição pedindo o fim da caça ao lince. “Centenas de caçadores estrangeiros vêm à Suécia para a caça ao lince porque acham que é emocionante”, lamenta ele.
Os conservacionistas alertaram no mês passado que a população de linces na Europa pode entrar em colapso, a menos que sejam feitos esforços imediatos para proteger os animais. Testes nos felinos remanescentes na França mostram que sua diversidade genética é tão baixa que eles se tornarão localmente extintos nos próximos 30 anos sem intervenção.
Existem cerca de 1.450 linces espalhados pela Suécia, cerca de 300 a menos do que há 10 anos. Naturvårdsverket, a agência sueca de proteção ambiental, argumenta que o país precisa de apenas 870 animais para manter uma população saudável.
Fonte: Um Só Planeta.
Foto: Wikimedia Commons.