Fontes limpas de energia supriram 1/5 da eletricidade de EUA e UE em 2022

Apesar do desvio de atenções gerado pela invasão russa à Ucrânia, a escalada de investimentos em energias renováveis nos Estados Unidos (EUA) e na União Europeia (UE) segue uma tendência de alta.

A produção de energia renovável nos dois continentes alcançou níveis inéditos em 2022: no caso americano, a energia gerada em fontes hidrelétricas, eólicas e solares supriu 13% da demanda total do país, cobrindo 23% da demanda por eletricidade.

Os dados são do relatório Sustainable Energy in America 2023 Factbook, estudo produzido pela coalizão das maiores empresas de geração de energia presentes no país.

No contexto europeu, as fontes renováveis já suprem 22% da energia elétrica usada na UE, segundo o think tank Ember, mantido por diversas instituições ligadas à geração de energia limpa e preservação do meio ambiente.

O relatório global do grupo aponta ainda que a elevação na geração de energia limpa de fonte solar e eólica faz com que 38% da geração de energia mundial hoje possa ser considerada de fonte “limpa”.

O número se aproxima ao total produzido nos EUA de fontes não-fósseis em 2022. Quando somada a geração de energia nuclear no país, que, em tese vem de fonte limpa, porém, demanda um grande gasto energético e de emissões na sua produção, os americanos já podem afirmar que 40% da geração de energia no país não provém de combustíveis fósseis como carvão ou petróleo, grandes emissões de gases estufa e considerados propulsores do aquecimento global.

Em 2022, a construção de instalações de geração de energia renovável nos EUA desacelerou ligeiramente em comparação aos anos anteriores, devido a problemas na cadeia de suprimentos e inflação, informa o portal Euronews Green.

Apesar disso, a venda de carros eletrificados está prestes a alcançar 1 milhão de unidades no país e há otimismo no mercado com a lei aprovada pelo governo Biden destinou US$ 369 bilhões para energia renovável e redução das emissões de gases de efeito estufa, principalmente por meio de créditos fiscais para todos os níveis do setor de transição energética.

Fonte: Um só Planeta.

Foto: Getty Images.