Relatório aponta que 81 metrópoles mundiais já somam 21 milhões novos empregos verdes

O novo relatório ‘Global Good Green Jobs in C40 Cities’, ou Empregos Verdes e Sustentáveis ​​Globais nas Cidades C40, desenvolvido em parceria com a Circle Economy aponta que 81 das maiores cidades do mundo já somam 21 milhões de novos empregos verdes de qualidade nos últimos três anos. O resultado coloca prefeitos do grupo no caminho para atingir a meta de criar 50 milhões desses empregos até 2030. O marco, anunciado antes da Cúpula Mundial de Prefeitos, que será realizada na próxima semana no Rio de Janeiro, destaca os setores de gestão de resíduos, construção, transporte e energia.

O documento foi lançado pouco antes da Cúpula Mundial de Prefeitos, que acontece na próxima semana, no Rio de Janeiro. A C40 define empregos verdes de qualidade como aqueles que ajudam a reduzir emissões de gases de efeito estufa, proteger a natureza e melhorar o bem-estar. Eles oferecem salários justos, condições de trabalho seguras e estabilidade.

Os principais setores contemplados pelos novos empregos estudados pelo relatório são:
  • Gestão de resíduos: universalização da coleta e redução do envio de resíduos para aterros
  • Transporte: expansão e eletrificação do transporte público
  • Construção: descarbonização de edifício
  • Energia: transição para energia limpa

Entre as cidades que estão comprometidas com a meta da C40 estão Londres, na Inglaterra, que treinou 6.500 trabalhadores na Green Skills Academy; Freetown, na África do Sul, que criou mais de 1.000 empregos verdes por meio da iniciativa de reflorestamento urbano “Treetown”; Rio de Janeiro, ampliando a instalação de energia solar em comunidades informais; Quezon City, nas Filipinas. empoderando trabalhadores informais para melhorar suas condições de trabalho e ampliar sua participação em setores verdes; Filadélfia, nos EUA, preparando a paraça de trabalho para atender à demanda de empregos na rápida transição para transporte elétrico.

“Esse é exatamente o tipo de liderança que o mundo precisa agora. Enquanto outros apenas falam, prefeitos estão entregando progressos tangíveis e mensuráveis que constroem um futuro mais justo e verde. As cidades estão no centro da transição justa, e esses empregos são prova de que a ação climática beneficia pessoas e economias locais”, afirmou Mark Watts, Diretor Executivo da C40 Cities, em comunicado oficial.

No entanto, os dados também evidenciam lacunas de gênero e equidade que ainda precisam ser enfrentadas: homens ocupam cerca de 60% dos empregos verdes globalmente, enquanto mulheres estão concentradas em setores como saúde e educação, essenciais para a economia verde, mas frequentemente subvalorizados.

A distribuição de empregos entre jovens reflete a mesma divisão estrutural de gênero. Trabalhadores informais, que representam mais de 60% do emprego global, também são essenciais na transição verde, e é fundamental garantir condições de trabalho decentes para eles. Corrigir essas lacunas e ampliar oportunidades para jovens será crucial para o pleno potencial econômico e social da transição verde.

“A ação climática não é apenas uma necessidade ambiental, é uma questão central de justiça social, e os empregos verdes são essenciais para uma transição justa, como mostra esta pesquisa. As cidades podem ser aliadas fundamentais de governos nacionais, empresas e trabalhadores, promovendo o diálogo social e garantindo que esses empregos respeitem normas trabalhistas básicas”, reflete Moustapha Kamal Gueye, diretor do Priority Action Programme on Just Transitions da Organização Internacional do Trabalho (OIT) da ONU.

Fonte: Um Só Planeta.

Foto: Divulgação.

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