38% da demanda global de eletricidade em 2021 foi fornecida por fontes limpas

Pelo menos 38% da demanda global de eletricidade em 2021 foi fornecida por fontes de energia limpa — um recorde —, segundo o mais novo relatório da think tank Ember. O levantamento também apontou que 50 países geram mais de 10% de sua energia a partir de fontes eólicas e solares.

O novo recorde para as energias renováveis pode significar uma tendência de mais países seguindo para o mesmo caminho, ajudando a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Enquanto as nações pensam em como superar esse desafio, as fontes renováveis são a melhor alternativa para esse propósito.

Só no ano passado, as energias eólica e solar somaram em 10% de toda a demanda global, conforme apontado no relatório da Ember. Esse valor equivale a quase o dobro de energia produzida por essas fontes em 2015, quando o Acordo de Paris foi assinado para limitar o aquecimento global.

Os países que mais se destacaram no aumento de fontes limpas de energia foram Holanda, Austrália e Vietnã. Esse último cresceu até 300% em um ano, após o governo financiar a instalação de painéis solares nas casas. Na Holanda também houve um aumento da energia solar.

Fontes renováveis de energia

A energia solar é a fonte que mais cresceu no ano passado, algo em torno de 23% em relação ao ano anterior. Em seguida, vem a energia eólica, que subiu 14%. Juntas, essas fontes representaram mais de um décimo da demanda de energia em mais de 50 países.

Já o crescimento de todas as fontes renováveis correspondeu a 38% da demanda global — um pouco acima dos 36% de energia fornecidos pela queima de carvão. Após as paralisações globais em 2020, por conta da pandemia de covid-19, a demanda por energia global voltou a crescer no ano passado.

A interrupção de fornecimento de gás na Europa, por exemplo, elevou o preço do produto em até 10 vezes. Enquanto isso, o valor do carvão subiu apenas três vezes e se tornou a alternativa de energia mais em conta. Com isso, a eletricidade a carvão subiu 9% em um ano, o maior aumento desde 1985.

Em contrapartida, o aumento da queima de carvão contribuiu em até 7% nas emissões de carbono do setor de energia. Agora que a dependência do gás russo segue ameaçada frente à guerra travada na Ucrânia, espera-se os países europeus liderem a adesão pelas fontes de energia limpa.

 Fontes:  Canaltech, Eh Trend, Scielo.