Asfalto Morno em Curitiba

Uma solução líder na Europa e nos Estados Unidos para o asfaltamento das ruas da cidade começou a ser utilizada em fase de testes pela prefeitura de Curitiba (PR). Desde novembro de 2021 está sendo aplicado na capital paranaense o ‘asfalto morno’, produto da multinacional americana Ingevity que proporciona redução de 35% no consumo de combustível, de 15% na emissão de gases causadores do efeito estufa e durabilidade do pavimento 20% superior.

A chegada dessa tecnologia, já adotada em Porto Alegre e aos poucos sendo introduzida em rodovias e outras regiões do país, é um avanço importante e positivo na avaliação da ANAMMA, a Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente. “O asfalto morno traz ganhos ambientais e economia para as administrações municipais. No caso de Curitiba, está sendo adicionado o pó de pneu usado a essa solução, aumentando a durabilidade e resistência do asfalto com um custo igual ao do asfalto quente normalmente utilizado”, explica o diretor de relações institucionais da entidade, Mário Mantovani.

Pneus usados são um problema ambiental que se acumula em lixões e aterros sanitários de todo o Brasil. Segundo Mantovani, a utilização dos pneus junto com o asfalto morno contribui para reduzir a emissão de gases poluentes e tóxicos, o que beneficia a todos e particularmente as equipes que trabalham na aplicação do asfalto.

O produto que viabiliza a utilização do asfalto morno é o Evotherm, produzido pela Ingevity. Já adotado pela prefeitura de Porto Alegre, a utilização em diversos bairros de Curitiba ocorreu a partir do final de novembro de 2021. Normalmente, o asfalto é aplicado a uma temperatura que varia de 165°C a 200°C. A redução de pelo menos 40°C na produção do asfalto possibilita os ganhos de durabilidade, economia no consumo de combustível e redução de emissões.

Segundo o gerente de negócios da Ingevity no Brasil, Hernando Macedo Faria, as temperaturas mais baixas durante a produção e aplicação das misturas mornas aumentam a durabilidade do pavimento devido à menor oxidação do ligante asfáltico, mantendo a capacidade flexível por um período maior de tempo.

“Com a redução no consumo de combustível na usina, deixa-se de emitir ao menos 15% de gases causadores do efeito estufa, o CO2. O impacto positivo é ainda superior na redução de poluentes nocivos como os VOCs, ou compostos orgânicos voláteis. A redução da temperatura para produzir a mistura, dos 165°C para 115°C, reduz em até 85% a emissão dos VOCs, ajudando o meio-ambiente e protegendo os trabalhadores envolvidos no serviço de pavimentação”, explica.

Nos Estados Unidos e na Europa a tecnologia já responde por quase metade de todo o asfalto produzido, enquanto no Brasil o percentual de asfalto morno não passa de 2%. “É uma tecnologia que entrega ganhos substanciais em várias frentes. A partir do pioneirismo de Porto Alegre e agora Curitiba, entendemos que o potencial para crescer em todo o Brasil é significativo,” conclui Faria.

Sobre a Ingevity:

Empresa líder mundial em química do asfalto, a Ingevity fornece produtos e tecnologias que incluem especialidades químicas e polímeros de engenharia, além de materiais de carvão ativado de alto desempenho. Os produtos são usados em uma variedade de aplicações, incluindo pavimentação de vias, exploração e produção de petróleo, agroquímicos, adesivos, lubrificantes, tintas, revestimentos, elastômeros, bioplásticos e componentes automotivos que reduzem as emissões de vapor de gasolina. No segundo trimestre de 2021, a Ingevity registrou vendas liquidas globais de US$ 358,4 milhões, aumento de 32,4% sobre o mesmo período no ano anterior. A empresa opera fabricas nos Estados Unidos e na China e esta presente em 25 localidades ao redor do mundo, entre as quais o Brasil, com escritórios em Campinas (SP).

Fonte : Pense Numa Notícia.