Canadá tem moradia popular com “casas passivas”, que consomem 90% menos energia

Um projeto de habitação popular da cidade de Hamilton, no Canadá, está investindo no conceito de casa passiva – um método de arquitetura e construção que pode reduzir o consumo de energia em até 90%, dizem especialistas.

Após entregar um prédio com 18 andares e 146 apartamentos, que passou por um retrofit completo para ser adaptado às regras da casa passiva, o novo projeto do município será um edifício com unidades pequenas e aluguéis de cerca de R$ 450 mensais.

A maior parte da construção acontecerá em uma fábrica próxima, o que ajudará a acelerar o trabalho, relata a revista Fast Company. A preparação fora do local da obra permite montar os apartamentos “como Lego”.

Com 24 unidades, o prédio tem paredes com pouco mais de 30 centímetros de espessura para isolamento térmico. As janelas têm vidros triplos e um recuo fundo na parede, ajudando a dar sombra durante o verão, enquanto permitem a entrada de luz solar e o ganho de calor no inverno.

O edifício canadense foi construído com ajuda de uma verba federal destinada à meta net zero do Canadá, que pretende ser um país com emissões neutralizadas até 2050. A construção não funcionará com combustíveis fósseis, e o próprio prédio vai gerar energia com painéis solares, além de aproveitar ao máximo a circulação de ar para resfriamento, e quando necessário, ter apartamentos “selados” para manter o calor dentro.

Quando a demanda por eletricidade atinge o pico, a energia necessária para aquecer ou resfriar um apartamento será equivalente à usada por três lâmpadas incandescentes, afirma a prefeitura.

Como espaços de convivência, o projeto do edifício prevê um lounge e uma horta comunitária, além de uma cozinha onde os moradores poderão participar de aulas de culinária. A entrega da obra está prevista para 2023.

Fonte: Um só Planeta.

Foto: Divulgação.