O passado realmente intriga muitos pesquisadores e estudiosos, embora permaneça em mistério em muitos momentos. Afinal, muito do tesouro antigo se perdeu nas intempéries dos séculos e até mesmo milênios, mas por vezes conseguimos recuperá-lo. É o caso dessa cidade antiga que emergiu das águas do Rio Tigre, na região do Curdistão, quase 3.500 anos depois de sua fundação e habitação.
Seca permite que cidade antiga ressurja
Entre os anos 1350 a 1550, o antigo Império Mittani reinou numa região que se estendia da região do Curdistão, norte do Iraque, até as margens do Mar Mediterrâneo. Entretanto, a Cidade de Zakhiku acabou por “sumir” do mapa após a construção da represa de Mosul na década de 1980.
Todavia, uma seca extrema foi o que faltava para reanimar os ânimos dos pesquisadores, que começaram a notar que pedaços da cidade ressurgiam. Assim, arqueólogos alemães e curdos decidiram se reunir com a Direção de Antiguidades e Patrimônio de Duhok para essa empreitada em busca da preservação desse patrimônio cultural histórico.
Inclusive, o trabalho exigiu escavações em temperaturas abaixo de 0ºC, em neve, granizo, chuva e tempestades. Porém, como recompensa, foi possível documentar diversas estruturas desse império com as novas escavações.
Resgate histórico
A falta de arquivos específicos sobre o povo Mittani impede que seja possível afirmar com certeza costumes e tradições desse povo. Por outro lado, as novas descobertas parecem dar pistas para montar esse quebra-cabeça. Por exemplo, foi possível achar ao menos 100 tabuletas cuneiformes de argila, que datam de pelo menos 1000 anos antes de Cristo.
Segundo os especialistas, é praticamente um milagre que esse material em argila crua tenha sido capaz de resistir durante todos esses séculos. Além das tabuletas, também foram encontrados cinco vasos de cerâmica, além de outras construções antigas que serviram de habitação nessa antiga cidade.
Por enquanto ainda não se pode dizer com clareza o que essas novas peças trazem de informação, mas já existe uma verdadeira paraça-tarefa na tentativa de traduzir e interpretá-los.
Fontes: Agência Texty, Escola Educação.