Maioria das novas energias renováveis é mais barata que combustíveis fósseis

Relatório divulgado pela Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA, em inglês) mostra que 62% da geração total de energia renovável adicionada no ano passado — 162 gigawatts (GW) — teve custos mais baixos do que a opção de combustível fóssil mais barata.

A energia solar concentrada (CSP) reduziu seu custo em 16%, a energia eólica em terra 13%, eólica offshore 9% e a solar fotovoltaica 7%, indica o relatório Custos de Geração de Energias Renováveis em 2020.

O Brasil é um dos destaques, com quedas no custo tanto nos painéis solares – 71% mais baixo em 2020 em relação a 2013 – quanto no gasto total de instalação comercial da solar distribuída, que caiu 55% entre 2017 e 2020.

De acordo com o documento, somente os projetos recém-adicionados de energias renováveis em 2020 permitirão aos países emergentes uma economia de até US$ 156 bilhões durante o seu ciclo de vida.

“Atualmente, as energias renováveis são a fonte de energia mais barata”, afirma o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera.

“As energias renováveis apresentam aos países presos ao carvão uma agenda de transição economicamente sedutora, que assegura que irão responder à exigência energética crescente enquanto poupam nos custos, geram postos de trabalho, impulsionam o crescimento ao mesmo tempo em que respondem à ambição em termos climáticos”, comenta.

Para o diretor da Irena, o mundo está em um momento crucial em relação ao carvão.

“No caminho do último compromisso do G7 sobre emissões líquidas zero e interrupção do financiamento global ao carvão, chegou o momento de o G20 e as economias emergentes se equiparem a estas medidas”, defende.

“Não podemos permitir que haja uma via dupla para a transição energética, em que certos países rapidamente aderem ao conceito verde e outros permanecem presos ao sistema baseado em combustíveis fósseis do passado”.

Fonte: EPBR.