É mais do que evidente que políticas públicas assertivas são capazes de transformar a cultura da bicicleta. E um exemplo de incentivo à mobilidade por bicicleta tem sido a cidade de Niterói que, em aproximadamente quatro anos, ampliou a sua rede cicloviária de 0,5 km para os atuais 50 km. Além de possuir o maior bicicletário gratuito do país, com capacidade para 446 vagas e que deve ser expandido para mil bicicletas.
A Aliança Bike conversou com Filipe Simões, subsecretário e coordenador do Niterói de Bicicleta, programa que foi responsável por resgatar o passado histórico de alto uso da bike na cidade. Hoje a coordenadoria também atua em outras áreas para promover o uso de bicicletas, como educação, cultura e comunicação.
Segundo o coordenador da prefeitura, a política pública não se resume apenas à estrutura cicloviária de circulação. Após o investimento e estruturação do bicicletário ao lado da Estação das Barcas de Niterói, por exemplo, pesquisas realizadas periodicamente mostraram que 50% dos ciclistas só passaram a utilizar a bike como meio de transporte por conta da existência de um lugar seguro para deixá-la.
Em Niterói, a bike responde por 4% a 6% dos mais de 1,2 milhão de deslocamentos diários. A meta é que este percentual suba para 14% até 2030. “Cidades que pedalam são mais democráticas, seguras, saudáveis e muito mais alegres!”, afirma Filipe.
Fonte: Bicicleta News.