O pica-pau-bico-de-marfim era o maior pica-pau dos Estados Unidos, uma de suas aves mais icônicas, que inspirou o personagem do desenho animado. Durante 77 anos, sua existência provocou um debate acalorado: foi visto pela última vez oficialmente em 1944 em uma floresta conhecida como Singer Tract, no nordeste da Louisiana, mas ornitólogos documentaram avistamentos muito mais tarde e até mesmo algumas imagens pouco nítidas foram apresentadas como evidência. A discussão terminou esta semana. O pica-pau-bico-de-marfim é um dos 23 nomes que o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA agora propôs remover da Lei de Espécies Ameaçadas do país porque não vale a pena continuar tentando sua recuperação: sua extinção é dada como certa.
Além da espécie bico-de-marfim, também é certificada a extinção de 10 outras aves, um morcego, dois peixes, uma planta e oito moluscos.
De acordo com o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA, o objetivo da Lei de Espécies Ameaçadas é proteger e recuperar variedades em risco de extinção e os ecossistemas dos quais dependem, mas para esses 23 animais e plantas as medidas “chegaram tarde demais”. “No caso do pica-pau-bico-de-marfim, ele foi incluído em 1967 em uma das primeiras leis de proteção da fauna e da flora do país”, mas, apesar das ações adotadas para recuperar e proteger as florestas onde se abrigava, já fazia muito tempo que não havia sido registrado nenhum avistamento autenticado.
As mudanças climáticas e a perda de áreas naturais têm empurrado cada vez mais para a beira do abismo várias espécies em risco de extinção, sendo necessários esforços proativos para salvar a Vida Selvagem.
Fontes: Globo, CNN, Mundo News, Página 12.