Programa de Reflorestamento da Cidade do Rio de Janeiro faz 35 anos

Em novembro de 1986, o Morro do São José Operário, na Praça Seca, zona oeste do município do Rio de Janeiro, recebeu a primeira muda de Mata Atlântica. O reflorestamento nasceu como uma estratégia para combater os problemas de deslizamento nas comunidades estabelecidas nas encostas dos morros.

Esse plantio pioneiro, que se multiplicou em 14.725 mudas, 12 hectares e 5 anos de trabalho no morro, é considerado o marco do que hoje é reconhecido como Programa de Reflorestamento. Ao longo dos 35 anos da iniciativa, celebrados neste mês, as ações de reflorestamento se espalharam para outros morros da cidade e foram além das encostas, para áreas de restinga e manguezal.

É um território tão importante que as comparações são necessariamente superlativas. O Programa de Reflorestamento da Cidade do Rio, também chamado Refloresta Rio, comemora 35 anos de existência tendo reflorestado uma área de 3.460 hectares, o que equivale a 186 estádios do Maracanã. Um dos principais pontos de sucesso do processo foi o envolvimento da mão-de-obra das comunidades carentes em parceria com o poder público, como ocorreu no Morro São José Operário.

Os resultados do Programa de Reflorestamento são visíveis por toda a cidade. Desde o clássico exemplo do Morro Dois Irmãos, parque municipal e cartão-postal visto por todo banhista nas praias de Ipanema e Leblon, até locais mais periféricos e distantes do circuito turístico, como os bairros de Campo Grande – o recordista em quantidade de área reflorestada –, Bangu, Jacarepaguá e Realengo. De acordo com os dados da prefeitura, há projetos de reflorestamento já implementados em 92 dos 162 bairros da cidade.

Fontes: Econotícias, WRI, Prefeitura do Rio.