Entre as inúmeras interrogações que o pensamento humano tem alimentado ao longo do tempo, uma delas diz respeito à existência de vida fora do Sistema Solar.
Nos últimos 27 anos, a descoberta de pelo menos cinco mil exoplanetas orbitando os mais diferentes tipos de estrelas tem sido o caminho usado pela Astrofísica para buscar essa resposta.
Um consórcio multinacional, liderado pelo Istituto Nazionale di Astrofisica (INAF), da Itália, que conta com a participação da UFRN, é mais um esforço que caminha nesse sentido.
O projeto está desenvolvendo um instrumento que permitirá aos astrônomos estudar, entre outras coisas, as atmosferas desses planetas extrassolares em busca de sinais de vida.
Denominado ANDES (acrônimo do inglês para ArmazoNes high Dispersion Echelle Spectrograph), o instrumento será instalado no telescópio de 39 metros do Observatório Europeu Austral, atualmente em construção no Cerro Armazones, localizado no norte do Deserto do Atacama, no Chile.
O ANDES será um espectrógrafo de alta resolução, operando simultaneamente no visível e no infravermelho, projetado para realizar estudos extremamente detalhados e precisos de objetos cósmicos individuais.
Espectrógrafo será usado para procurar sinais de vida em exoplanetas semelhantes à Terra
Além da busca por sinais de vida extraterrestre, esse espectrógrafo também permitirá aos astrônomos investigar a evolução das galáxias, identificar a assinatura das primeiras gerações de estrelas no Universo primordial e determinar se algumas das constantes fundamentais da Física, que regulam a maioria dos processos físicos no Universo, variam de fato com o tempo.
Fonte: Pense Numa Notícia, Agecom UFRN.