Atlântico Sul (AMAS), uma região onde o campo magnético da Terra perde paraça e deixa parte da América do Sul mais exposta à radiação cósmica e partículas solares.
O “coração” da anomalia está hoje praticamente sobre o território brasileiro, mas também se estende para Argentina, Bolívia e Paraguai. E o fenômeno não é estático: já avançou cerca de 20 quilômetros em direção ao oeste.
Quais os impactos?
Embora não represente risco direto à população, a anomalia magnética provoca falhas recorrentes em satélites e sistemas de navegação. Além disso, a ocorrência de anomalias já se tornou uma preocupação constante para cientistas e técnicos.
– Satélites podem sofrer falhas em computadores de bordo e, portanto, comprometer operações críticas.
– Relógios internos apresentam erros e, assim, prejudicam coordenadas geodésicas.
– Perda de dados em missões espaciais é registrada com frequência e, consequentemente, compromete pesquisas.
Por conta disso, equipamentos espaciais são programados para entrar em modo de espera ao cruzar a AMAS, evitando falhas graves.
No entanto, os efeitos não se limitam ao espaço, já que infraestruturas terrestres também ficam expostas. Assim, correntes geomagneticamente induzidas (GICs) podem sobrecarregar transformadores e, ainda, provocar apagões em larga escala.
– Sobrecarga em transformadores compromete o fornecimento elétrico e, consequentemente, ameaça a estabilidade energética.
– Distorções em reguladores de tensão causam falhas e, assim, afetam redes de distribuição.
– Linhas telefônicas, dutos e ferrovias sofrem interferências e, portanto, tornam-se vulneráveis.
– Relatórios da NASA de 2019 e 2023 já destacavam esses riscos e, por isso, o monitoramento constante é considerado urgente.
Como os cientistas monitoram
O fenômeno, resultado de processos naturais no interior da Terra, não pode ser “desligado”. Ele é constantemente acompanhado pela NASA, pela Agência Espacial Europeia (ESA) e pelo Observatório Nacional.
No Brasil, dois pontos estratégicos de medição — em Vassouras (RJ) e Belém (PA) — fornecem dados para uma rede internacional de monitoramento magnético. Essas informações ajudam a ajustar satélites e redes elétricas, reduzindo riscos.
O que é uma anomalia magnética?
De acordo com a NASA, uma anomalia magnética é uma variação no campo magnético da Terra, causada por diferenças na composição de rochas da litosfera ou pelo enfraquecimento do campo geomagnético.
Importância global do fenômeno
A anomalia magnética do Atlântico Sul é considerada um dos maiores desafios da geofísica contemporânea e, portanto, mobiliza cientistas de todo o mundo. O campo magnético terrestre funciona como escudo natural e, assim, protege o planeta contra radiações nocivas. Entretanto, sua fragilidade nessa região aumenta os impactos globais.
Relatórios internacionais de 2021 e 2025 reforçam que a cooperação entre países é essencial e, portanto, deve ser prioridade.
NASA e ESA confirmaram que falhas em satélites comerciais e militares já ocorreram e, assim, provaram a gravidade do problema.
O Brasil, por estar no epicentro do fenômeno, tornou-se peça central nas pesquisas e, portanto, precisa investir ainda mais em ciência.
Dessa forma, o avanço dos estudos sobre a AMAS não apenas protege a infraestrutura tecnológica, mas também contribui para compreender os mecanismos do campo magnético da Terra, essencial para a vida.
O que o futuro reserva para o Brasil?
Especialistas avaliam que o país precisará reforçar investimentos em pesquisa e, ao mesmo tempo, garantir segurança tecnológica. Além disso, será necessário equilibrar desenvolvimento econômico com proteção de infraestruturas críticas, já que falhas podem gerar prejuízos bilionários.
Enquanto isso, NASA e instituições brasileiras ampliam esforços de monitoramento, conscientes de que a anomalia continuará em expansão. Portanto, o desafio não é apenas científico, mas também estratégico e econômico.
O dilema está lançado: o Brasil deve priorizar a proteção imediata da infraestrutura tecnológica ou investir em pesquisas de longo prazo para compreender melhor o campo magnético?
Não será surpresa se essa guerra tecnológica não nós tenha atingido propositadamente. Sempre há uma desconfiança quando seu grande aliado não joga mais limpo
Fontes: CPG – Click Petróleo e Gás, Portal Tri.
Imagem: Reprodução..
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