Diversos animais já foram considerados praticamente extintos em algum momento da história, mas voltaram à natureza. Entre baleias, macacos, felinos, aves e até lobos, algumas espécies foram reintroduzidas graças a programas de conservação. O processo de restauração, chamado de conservação de espécies ameaçadas, é complexo e envolve várias estratégias coordenadas.
Confira a lista de animais que quase deixaram de existir, mas que hoje conseguiram repovoar sua espécie.
Baleias jubarte
As baleias jubarte, assim como a maioria das grandes baleias, quase foi extinta pela caça indiscriminada que durou séculos e foi intensificada no século XIX com tecnologias modernas como o navio a vapor e o canhão-arpão.
Segundo o Instituto Baleia Jubarte, uma das mais importantes organizações de conservação no Brasil, em 1830 havia 30 mil animais na região do Atlântico Sul. Esse número chegou a 500, até ser proibido em 1968. Com o trabalho de recuperação, hoje estima-se que a população do animal na região chegou ao patamar histórico de quase 30 mil baleias jubarte.
Gorila-das-montanhas
O primata quase foi extinto devido à caça ilegal e à perda de habitat natural para produção de carvão, garimpo ilegal e mudanças climáticas. Esses animais vivem em apenas dois ecossistemas: as montanhas Virunga, no encontro do Congo, Ruanda e Uganda, e a floresta de Bwindi, no sudoeste de Uganda.
Na década de 1980, o número de gorilas era de cerca de 250. Hoje, a estimativa é que existam cerca de 1000 animais dessa espécie.
Panda-gigante
Apesar de não serem mais classificados como animais ameaçados de extinção, são considerados vulneráveis. Segundo a Associação de Conservação e Vida Selvagem da China, que criou um programa de pesquisa e reprodução da espécie, há cerca de 1800 animais na natureza, enquanto outros 600 vivem em zoológicos ou centros de reprodução.
Tigre-de-bengala
Esse grande felino já percorreu a Ásia, desde a costa oriental da Rússia até o Mar Cáspio. Contudo, desde o início do século XX, estima-se que 97% dos tigres selvagens do mundo foram perdidos devido à caça ilegal, destruição do habitat natural, mudanças climáticas e tráfico de animais selvagens. A espécie chegou a ter cerca de 1000 animais no início dos anos 2000. Hoje, há cerca de 4000 remanescentes na natureza.
Águia-de-cabeça-branca
A águia-de-cabeça-branca, animal símbolo dos Estados Unidos, quase foi extinta devido ao uso de pesticidas no país na década de 1960. Segundo os pesquisadores, o veneno acumulava-se nos ovos das águias, tornando-os muito frágeis. Com isso, os ovos quebravam durante a incubação, impedindo o nascimento de filhotes. A ave só saiu da lista de extinção em 2007. O número de animais que chegou a cerca de 400, em 1960, hoje é de mais de 300 mil.
Rinoceronte-branco
Em 1940, existiam apenas 100 rinocerontes-branco no mundo — também conhecido como rinoceronte-branco-do-sul. Hoje, o número passa dos 18 mil. Apesar da boa notícia, a espécie rinoceronte-branco-do-norte, que se diferencia pela raridade, é considerada extinta na natureza — o último da espécie morreu em 2018.
Em 2024, cientistas realizaram a primeira fecundação in vitro bem-sucedida de embriões de um rinoceronte-branco-do-norte, uma esperança na tentativa de salvar a subespécie rinoceronte-branco-do-norte, criticamente ameaçada de extinção.
Um Só Planeta.
Foto: © Jan Zwilling / BioRescue.
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